sábado, 25 de setembro de 2010

Cientistas procuram explicar fenómeno bíblico




Cientistas mostram, através de simulações computarizadas, que a divisão do Mar Vermelho por Moisés, conforme está descrita no livro do Êxodo, pode ter sido consequência de um fenómeno atmosférico.


Um estudo publicado no jornal online "PLoS ONE"  procura esclarecer, através de factos científicos, a divisão do Mar Vermelho, o feito milagroso de Moisés que permitiu aos hebreus, seguidores do profeta, fugirem do exército egípcio.
Segundo este estudo, que teve em conta a passagem do livro do Êxodo, ventos fortes e constantes oferecem uma explicação física para a divisão das águas por um período de tempo.
Carl Drews, do Departamento das Ciências Atmosféricas e Oceânicas da Universidade do Colorado, é o responsável por este estudo.

Estudo teve em conta o livro do Êxodo

Na passagem bíblica pode-se ler que "Moisés estendeu a sua mão sobre as águas, e o Senhor fez com que o mar recuasse com um vento forte de oriente que soprou toda a noite, e o mar tornou-se seco, e as águas foram divididas".

As simulações da equipa de Drews mostra que um vento forte do este, a uma velocidade constante de 63 milhas por hora (cerca de 101 km/h) durante 12 horas, terá afastado as águas para um antigo rio, que se pensa fazer parte de uma lagoa ao longo do Mediterrâneo, e aberto uma passagem terrestre.
"As simulações que fizemos correspondem à descrição das passagens do Êxodo", diz Carl Drews. "A separação das águas pode ser vista através da dinâmica dos fluídos. O vento afasta a água, de uma forma que está de acordo com as leis da física, criando uma passagem segura com água dos dois lados e depois abruptamente permite que a água regresse".
Um evento destes ocorreu em 1882, quando um general do exército britânico descreveu um vento forte que afastou a água do Lago Menzaleh, do lado oeste do Canal do Suez.

Caminharam sob os fortes ventos


Com as águas afastadas, a passagem aberta, com uma extensão de três ou quatro quilómetros e outros cinco de largura, permitiria que um grupo de pessoas atravessasse através do terreno enlameado até à outra margem. Quando os ventos parassem de soprar, as águas rapidamente voltariam ao seu estado normal.
Isto implica que Moisés e o grupo de seguidores hebreus terão de ter atravessado esta passagem enquanto enfrentavam um vento que soprava a 101km/h.
As simulações realizadas são baseadas em várias zonas, com vários níveis de profundidade do rio Nilo, que sofreram alterações ao longo dos anos.

Fenómeno maior que as forças da natureza


Ken Ham é o diretor do Museu da Criação, um museu que apresenta a origem do Universo, de formas de vida e a história primária da humanidade segundo uma interpretação literal do livro do Génesis, e, de forma nada surpreendente, diz que não precisa de nenhuma explicação científica para o sucedido.
"A separação do Mar Vermelho é um milagre" explicou num email. "É um ato extraordinário de Deus. No entanto, Deus usou a força da natureza - o vento - para realizar este milagre. Mas não é preciso darem explicações naturais a fenómenos sobrenaturais".

Veja o vídeo em que os cientistas simulam o fenómeno atmosférico (carreguem no link ).
A MINHA RAZÃO PARA COLOCAR ESTA NOTÍCIA:
Química é uma ciência e como tal, está a contribuir para a descodificação dos vários mistérios da vida. Será possível que a religião consiga conviver com a ciência, tendo em conta que milagres como este começam a ser justificados por razões científicas? 
BOM TRABALHO
Pedro Marques

13 comentários:

  1. Depois de ter lido a notícia percebi que o milagre de Moisés não estava no facto de "abrir" um caminho pela água mas sim de o fazer naquele preciso momento, o que permitiu conduzir o seu povo.
    Também acredito que a ciência vai permitir a explicação de vários fenómenos religiosos para percebermos melhor a verdadeira essência dos milagres.
    Talvez se lembrem do caso do Santo Sudário que tem sido estudado ao longo destes anos e continuam sem conseguir explicar a imagem de Cristo no pano. Ou então o caso da hóstia consagrada em que descobriram vestígios de músculos cardíacos na própria hóstia.
    Para finalizar, se houver abertura de parte a parte acho que a religião conseguirá andar de mão dada com a ciência.

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  2. Por.André Bernardes

    Concordo... e discordo, penso que a ciência e a religião ou não nos contam tudo o que sabem ou é porque não sabem mesmo.
    Relativamente a esta notícia, acredito mais no milagre do que na ciência pois se a divisão do mar aconteceu no preciso momento em que Moisés estendeu a mão, teria de ser uma grande coincidência; não percebo como era possível que os humanos sobrevivessem a um vento com 101 km/h e saissem ilesos e por fim a sorte que era no mesmo momento haver ventos fortes com a mesma velocidade (ou parecida) e com direcções perfeitamente opostas.
    O que eu acho é que além de este fenómeno já ter acontecido na história da humanidade, discordo com a ciência neste ponto. Por isso a divisão do mar aconteceu por milagre, por coincidência, ou ...simplesmente não aconteceu e esta história está muito mal contada. Deixamos ao critéio de cada um.

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  3. É incrível esta característica que o Homem tem de querer explicar tudo e procurar respostas para aquilo que aparenta nao ter qualquer resposta, fazendo uso dos enormes potenciais da ciencia. Contudo, acho que religiao e ciencia sao incompativeis na medida em que a ciencia e algo exacto enquanto que a religiao deposita grande parte do seu ideal na fé onde "acreditamos" e nao provamos. Com efeito acho que religiao e ciencia nao poderao de certa forma conviver, o facto de estarmos perante uma situaçao biblica e de a tentarmos justificar atraves da ciencia , nao se deve a religiao nem a ciencia em si, mas sim na ansiedade que o Homem tem de justificar tudo o que ocorre e de sentir um certo desconforto por aquilo que nao consegue explicar.

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  5. Na minha opinião a religião e a ciência são diferentes maneiras do Homem saciar a tal ansiedade de conhecimento que o Luís referia. Deste modo a ciência, como tem um modo diferente de chegar à resposta quando comparada com a religião, inevitavelmente "cruzar-se-à" no futuro com esta tal como tem acontecido ao longo dos tempos. Não quer dizer que por exemplo se prove a inexistência de Deus, muito pelo contrário até se pode provar que nada seria possível sem uma entidade superior que regula-se o nosso universo. Deste modo acredito que, não num futuro próximo mas num longínquo, a religião e a ciência coabitarão pacificamente.

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  6. Francisca Bastos:

    Eu concordo com o Cruz e penso que a ciência e a religião são incompativeis. A minha opinião tem como base o facto de uma, a ciência, ser objectiva e exacta e a outra, a religião, ser muito subjectiva e trata-se de fé e não de provas cientificas. Naquela altura, voltando ao artigo publicado, nao se conseguiam provar através de leis cientificas o facto de ter havido a separação de um só mar em dois e portanto tudo o que nao se conseguia provar era considerado um milagre. Muitas pessoas não acreditam na religião nem no facto que existir algo superior a nós,Deus, e por isso tentam arranjar e encontrar respostas para os acontecimentos que estão escritos na Biblia. No entanto,há pessoas como Ken Ham, director do Museu da Criação, que têm fé e que nao necessitam de provas cientificas para acreditar no que aconteceu.
    Neste estudo foram utilizados dados arqueológicos, imagens de satélite e mapas actuais pelos investigadores para estes conseguirem calcular a intensidade da corrente e também a profundidade existente há três mil anos. Só depois conseguiram fazer uma simulação considerando o impacto do vento no local. e provaram, como foi dito na noticia, que se o vento soprar 101 km/h durante 12 horas poderá separar águas com uma altura de 1,80 criando uma zona seca de passagem durante 4 horas. Eu encontrei um video que é uma simulação computorizada onde mostra que um vento persistente vindo de leste (soprando num certo local do Delta do Nilo (perto do lago Tanis)) poderá afastar as águas durante cerca de quatro horas. E deixo aqui o link do vídeo que é:

    http://www.youtube.com/watch?v=XZqIZqDh1ns&feature=player_embedded

    No site da UCAR (University Corporation for Atmospheric Research) dizem-nos que as simulações de computador que foram feitas, uma delas é o video que está acima, mostram-nos que um vento persistente vindo de leste,que soprou durante a noite, poderia ter levado a água de volta à curva onde um antigo rio se fundiu com uma lagoa costeira ao longo do Mar Mediterrâneo.O facto de a água se encontrar separada permitiu a passagem da pessoas e que estas andassem em planos de lama exposta em segurança.

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  7. Não é fácil conciliar a coexistência da ciência e da religião, no entanto são ambas fundamentais para que o homem procure respostas da sua existência.

    Na minha opinião, ambas (ciência e religião) têm potencial para responder a todas as “perguntas” do homem, uma de uma maneira mais exacta e prática e outra segundo as crenças de cada pessoa, respectivamente.

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  8. Concordo com a Ana Rita. Julgo que a religião conseguirá andar de mão dada com a ciência, se existir um espírito de entre-ajuda. Relativamente à notícia, penso que é algo extraordinário! Em primeiro lugar, o fenómeno em si. De acordo com o site http://news.discovery.com/history/moses-red-sea-parting.html, o mar recuou, devido às extremas velocidades do vento, expondo à superfície passagens lamacentas. Trata-se de um fenómeno raro e que, neste caso, ocorreu durante cerca de 4 horas, possibilitando a passagem de Moisés.

    Relativamente ao Santo Sudário, como a professora referiu, trata-se de um objecto envolto em grande controvérsia... Algumas pessoas acreditam que este se trata do pano que envolveu o corpo de Jesus Cristo depois de ter sido retirado da cruz. Outros indivíduos defendem que se trata de uma falsificação medieval.

    Prós:
    - apresenta a imagem de um homem que sofreu ferimentos consistentes com os da crucificação.
    - o bispo da Cesareia descreve a existência de uma imagem milagrosa de Jesus (séc. XI)
    - Padrão de tecelagem igual a um pano datado de 40 aC.

    Contras:
    - Corpo mede 1,82 m (muito alto para um homem do séc I)
    - Datação de carbono indica 1260 a 1390 (prós: remendo efectuado devido a um incêndio(cerca de 1532))
    - Falsificação medieval (?)

    Como puderam observar, trata-se de um objecto envolto em grande mistério e que, por enquanto, os cientistas, historiadores, crentes e cépticos não conseguiram explicar. Tal se passava com a divisão do mar Vermelho, para o qual não existia explicação lógica. Muitos afirmavam que seria uma fraude e que, fisicamente, seria impossível. Os crentes mantiveram a sua opinião, recebendo agora a confirmação de que de facto Moisés tinha escapado do Egipto através do Mar Vermelho.

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  9. Segundo Einstein "Science without religion is lame, religion without science is blind". - A ciência sem religião é manca, a religião sem ciência é cega. Faço das palavras deste génio que todos louvamos as minhas palavras. E afirmo seguramente que a religião e a ciência apesar de altamente distintas, são complementares... Por alguma coisa todos os nossos antepassados cientistas são simultaneamente filósofos, combinando o sensível ao prático. Pois o Homem necessita de uma vontade, de um estimulo, algo exterior ao racional para se envolver numa pesquisa(as tais pernas que Einstein fala). E para mim está aqui o poder da religião, aquele poder que um ser superior nos dá, aquela vontade intrínseca em nós que ninguém consegue explicar... A ciência será os olhos da religião e explicar-nos-à todos estes milagres como já estamos a ver.

    Caros Colegas, a religião e a ciência, coexistem na cabeça de alguns e para mim estes chegam mais longe...

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  10. Neste assunto concordo plenamente com o Vasco, penso que a religião e a ciência podem, não só coexistir como também ajudarem-se e completarem-se mutuamente. Eu acredito que um milagre não deixa de o ser só porque pode ser explicado pela ciência pois, neste caso, a quantidade de factores que estiveram envolvidos para ocorrer este fenómeno, era demasiada coincidência terem ocorrido todos ao mesmo tempo, no preciso momento em que existiam vidas a precisar de serem salvas. Mesmo acreditando numa natureza arbitrária do nosso universo, sendo a probabilidade de ocorrer este fenómeno é infíma, e ainda menor a probabilidade de ocorrer naquele momento e salvar aquelas vidas humanas, o facto de realmente ter acontecido naquele momento e ter salvado aquelas pessoas, è o verdadeiro milagre. A religião é importante mas a Bíblia, apesar de ter momentos, como este, que ocorreram aproximadamente como estão descritos, não deve ser encarada de uma forma literal, mas como metáforas que nos ajudam a viver o nosso dia-a-dia e que são importantes porque nos transmitem valores de respeito e nos ajudam a dstinguir o certo do errado, tanto hoje em dia, como, especialmente, quando a literacia era algo restrito e o modo de apreensão destes valores por parte destas pessoas era facilitado por estas metáforas.

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  11. Olá a todos. Esta noticia tem muito que falar. São temas controversos e que dificilmente alcançarão um consenso universal. Na minha modesta opinião eu defendo que a ligação entre a religião e a ciência é possível e depende de ambas as partes. Apesar desta ligação não ser universalmente visível há vários cientistas que são religiosos e vice-versa, ou seja, não é impossível que estas duas partes se unam. Quanto a mim o nosso colégio é uma pequena demonstração disto mesmo. A palavra milagre deriva do latim e do verbo “mirare” que significa maravilhar-se, por alguma razão quando vimos algo que não estamos à espera usamos a expressão: “É milagre!!!”. É a admiração perante determinado facto que nos faz ficar maravilhados. Ao longo dos tempos a palavra adquiriu outro sentido, assim representa um facto extraordinário que não possui uma explicação cientifica. Para mim um milagre depende do tempo histórico em causa, quero com isto dizer que um dado acontecimento pode ser par nos um milagre, mas deixará de o ser daqui a muitos anos à medida que forem existindo explicações para tal facto. Se pensarmos bem a vida deixaria de ter sentido que entendêssemos o porquê de todas as coisas, deixaria de haver a curiosidade e interesse pela mesma. Segundo São Marco : “A vós é dado a conhecer o mistério… mas será contado em parábola”. Ou seja, a Bíblia pode ser entendida metaforicamente e ter lições importantíssimas ocultas entre as linhas dos seus relatos. Neste “milagre”, concretamente, segundo a explicação científica: “Ventos fortes vindos do leste, soprando durante toda a madrugada, poderiam ter "partido" as águas numa região onde um afluente antigo do rio Nilo teria-se fundido com uma lagoa costeira no Mar Mediterrâneo. Os ventos fortes teriam empurrado a água fazendo surgir uma passagem”. A questão que coloco é se todas as pessoas que, supostamente, atravessaram o mar suportariam ventos superiores a 100km/h e penso que o milagre está em tal ter acontecido precisamente naquele momento. Aí está a verdadeira essência.
    Buda:”vós próprios sois Deus”, Jesus ensinou que “o reino de Deus está dentro de vós” e prometeu que “As obras que faço, também vós as podeis fazer… e ainda maiores”.
    Shakespear disse: “heróis foram aqueles que fizeram o que era preciso fazer”. Pensemos nisto e façamos isso mesmo, o que é preciso fazer. Desafio-vos…
    Bárbara

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  12. Apesar da notícia ser de carisma científico esta questão não deixa de ser uma questão filosófica que a sociedade tenta desvendar há muitos séculos!... Ciência e Religião partilham a necessidade de encontrar resposta aos vários acontecimentos que ocorrem ao longo da nossa existência.
    Na minha opinião, embora acredite que possa haver uma explicação científica que prove que de facto com a velocidade do vento houvesse uma alteração que pudesse "abrir" o mar ao meio, no caso desta notícia acredito mais que foi um milagre concedido a Moisés. Como já foi dito anteriormente era preciso demasiada coincidência para esse fenómeno acontecer nesse preciso momento.

    No entanto outros fenómenos existirão que na actualidade ainda não existe explicação científica, mas acredito que daqui a uns tempos a Ciência consiga explicá-los.

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  13. Enquanto estive a pesquisar um pouco mais sobre este assunto, apercebi-me de que vários cientistas confirmam ser possível, cientificamente, este fenómeno chamado wind setdown, que já aconteceu no Delta do Nilo no século XIX.
    Perante estes factos, acredito que a separação do mar Vermelho possa ser explicada ciêntificamente, mas, apesar disso, tendo sempre a ficar com dúvidas de que tenham apenas actuado fenómenos naturais. Pois, como disseram anteriormente, é praticamente impossível acontecer tal fenómeno, devido unicamente a forças da natureza, logo no momento em que os Judeus precisavam desesperadamente de fugir dos Egípcios.
    Na minha opinião, é preiso algo mais. É preciso haver uma força superior que faça coincidir dois momentos como estes.
    Quem tem Fé, acredita que não há uma explicação meramente cientifica para tudo; "há razões que a razão desconhece".
    Para Deus nao há impossíveis, e acredito plenamente que, apesar de esta situação poder ser explicada cientificamente, teve que haver o poder de uma força Divina, que fizesse com que, naquele momento, os ventos se alíassem ao desespero da salvação dos Judeus.

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