Postado por Francisca Bastos
Os galardoados são o norte-americano Richard Heck e japoneses Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki
O prémio Nobel da Química foi atribuído, esta quarta-feira, aos investigadores norte-americano Richard Heck e japoneses Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki, anunciou a Academia Real de Ciências sueca.
O prémio foi atribuído pelo trabalho destes investigadores sobre formas mais eficientes de ligar átomos de carbono para construir moléculas complexas que, segundo a academia sueca, permitiram desenvolver novos medicamentos e criar materiais revolucionários como o plástico.
O trabalho destes laureados é utilizado em todo o mundo «tanto para a produção comercial de medicamentos como para a indústria electrónica», referiu a academia.
O Prémio Nobel da Química, anunciado esta quarta-feira, é o terceiro da lista deste ano, tendo sido já revelados os da Medicina e da Física.
Na quinta-feira será atribuído o prémio da Literatura e na sexta-feira será anunciado o da Paz e na segunda-feira o da Economia.
Fonte: tvi24 online
Eu realmente acho excelente se ter descoberto este “veneno” que pode curar !! Hoje em dia há muita gente a sofrer com a doença do cancro e outras para a qual este medicamento irá ajudar a curar, se por acaso esta descoberta funcionar então é realmente louvável porque estes cientistas vão salvar a vida de milhares e milhares de pessoas! Com alguma pesquisa encontrei mais informações acerca da descoberta e descobri que, e por isso o facto de ter chamado ao medicamento de “veneno”, foi que tudo surgiu porque no fundo do mar das Caraíbas existe uma esponja que para se defender dos predadores lança um veneno e nesse veneno é que está a combinação entre átomos de carbono que pode curar pessoas com diversas doenças mas mais propriamente pessoas com cancro. A substância presente nesse veneno chama-se discodermolide e teve que ser fabricada artificialmente para testar a hipótese. Para testar esta hipótese foi necessário haver produção de compostos orgânicos e como os átomos de carbono são muito estáveis foi necessária a presença de outro elemento que fizesse esta ligação com os átomos de carbono. Neste momento há uma grande esperança para todos os doentes que têm cancro porque pode estar perto o momento em que a cura não seja tão dura e demorada ou mesmo que não haja cura!
ResponderEliminarNão vale! Esta era a notícia que eu ia colocar!!!
ResponderEliminarSó vou comentar depois de 5ª feira...
Desculpe stora mas não sabia... realmente como sairam os resultados esta semana era muito provável que alguém falasse desta noticia e como eu ainda não tinha colocado nenhuma pensei que era a ideal
ResponderEliminarSob o nome genérico de "acoplamento cruzado catalisado por paládio", consistem em utilizar o elemento químico paládio para ligar entre si átomos de carbono, que constituem a ossatura de base das moléculas orgânicas.
ResponderEliminarPaládio (Pd), um elemento químico quase desconhecido dos leigos em química, mas comummente utilizado em odontologia. Os investigadores utilizaram este metal de transição para unir os átomos de carbono, num processo denominado por acoplamento cruzado do paládio catalisado, um dos processos mais sofisticados da química, criando-se assim elementos mais complexos aplicáveis no tratamento de cancro, na electrónica e na agricultura, por exemplo.
Não encontrei as aplicações directas que pode ter, mas sim as áreas que pode ser aplicado, alguém encontrou?
Vasco apenas encontrei , tal como tu dizes as áreas em que pode ser aplicado: Agricultura, Medicina, Sector industrial Quimico bem como para o desenvolvimento de componentes electronicos. No que toca á notícia acho que e de gratificar estas pessoas que dedicam uma vida para uma descoberta que aos olhos de muito pode parecer "insignificante" mas que na verdade pode ser uma porta para inúmeras outras que proporcionam a evolução do ser humano. Tal como o vasco disse, o paládio é utilizado para ligar os átomos de carbono, onde neste caso , foi utilizado em 3 reacções quimicas distintas .
ResponderEliminarEu também andei a pesquisar e não encontrei nada que dissesse quais as aplicações directas desta descoberta mas apenas dizem as áreas onde poderá ter alguma influência. Queria também rectificar um erro do meu primeiro comentário onde o que se lê na última linha não era o queeu queria dizer mas sim o suposto era ter dtio que "Neste momento há uma grande esperança para todos os doentes de cancro porque poderá estar para breve uma cura menos dolorosa, mais rápida e que também possa curar cancros que até agora se revelavam impossiveis de curar".
ResponderEliminarComo sabemos os átomos de carbono são muito estáveis e não reagem facilmente entre si. Os laureados descobriram que um átomo de paládio pode ligar-se a dois átomos de carbono e, ao fazer isso, colocar esses dois átomos, que normalmente seriam indiferentes um ao outro, numa relação de suficiente proximidade para reagirem entre si. A seguir, o paládio retira-se, sem participar na reacção que ajudou a catalisar. Por outro lado, pesquisei e li que "foi a reacção com paládio que permitiu a produção em escala de penicilina."
ResponderEliminarPenso que foi um prémio merecido visto que esta descoberta poderá originar a criação de novos medicamentos, materiais sintéticos e poupar as esponjas do mar que produzem este composto. Julgo que assim o Homem poderá arranjar alternativas que não sejam malignas para a Natureza. Por exemplo, se esta descoberta das esponjas possuirem este composto fosse feita há 100 anos atrás, corria-se meio mundo a matar milhões de esponjas para conseguir miligramas deste precioso composto. Hoje em dia, graças a estes três químicos brilhantes, acho que é possivel preservar e arranjar alternativas que não acabem com a Natureza.
Podem ler o artigo em:
http://www.ionline.pt/conteudo/82056-cozinheiros-carbono-ganham-nobel-da-quimica
Postado por: André Bernardes
ResponderEliminarEstive a pesquisar sobre as conquistas do prémio nobel da química e descobri a partir de uma imagem como pode ser criada em laboratório a substância discodermolide. Para isso é necessário que ocorram várias reacções onde entram substãncias como hidrogénio, zinco, carbono, paládio e iodo.
1- O paládio é naturalmente rico em electrões. O iodo atrai electrões do átomo de carbono que por sua vez sem electrões está sujeito a reagir com o átomo de Paládio.
2- O paládio fica com menos electrões e reage com o átomo de carbono (rico em electrões) próximo do átomo de zinco. Neste passo o átomo de zinco enriquece o carbono com electrões.
3- Quando os dois átomos de carbono se encontram sobre o átomo de paládio, a sua proximidade torna-os susceptiveis a fundirem-se.
4- Os átomos de carbono reunem-se e o átomo de paládio é libertado, preparando-se assim para um novo ciclo da reacção.
Eu sei que parece um pouco confuso, mas se forem a este site verificarão que é um pouco mais simples: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/07/cienciaesaude,i=216897/NOBEL+DE+QUIMICA+VAI+PARA+DESCOBERTAS+USADAS+EM+REMEDIOS+PARA+CANCER+E+AIDS.shtml
Basicamente, com as novas técnicas é possível sintetizar substâncias complexas encontradas na natureza para combater certas doenças como o cancro do cólon, herpes e da Aids. Dentro das suas aplicações encontra-se o desenvolvimento de antibióticos na área da saúde; já no sector das engenharias, é facilitada a produção de telas de computador ultraplanas.
Mais uma vez o humano conseguiu desenvolver processos eficientes e não dispendiosos que permitem combater certos obstáculos mundiais para um bem universal.
Encontrei este ficheiro pdf no site oficial dos prémios Nobel, que explica ao público em geral o quê e como fizeram e o que contribui para a sociedade que vai desde da formação dos medicamentos até a redução da espessura dos televisores (LED). Neste ficheiro também está ilustrado o que o Tiago referiu sobre o Paládio ser utilizado para ligar dois átomos de carbono de uma maneira de simples compreensão. Como diz o titulo o paládio, ponto de encontro de átomos de carbono.
ResponderEliminarTambém nos conta a história do Paládio dizendo-nos que o seu interesse vem desde o ano de 1950 e como Richard ganhou interesse por este átomo.
Finalmente acho que com este documento podemos perceber no que este trabalho ajuda na luta contra o cancro. Penso que pela leitura que conseguimos perceber o quão importante é a descoberta. A substância marinha que eles chamam "discodermolide" tem um efeito destrutivo das células de cancro tão destrutivo como o medicamento mais usado para curar a doença do cancro, TAXOL. Mas tal como o Tiago referiu, era necessário a sobre exploração destas esponjas e nem assim teríamos quantidade suficiente para as necessidades mundanas. Com o trabalho destes magníficos cientistas esta "discodermolide" pode ser produzida artificialmente usando o Paládio como catalisador como o Tiago referiu.
Para mais informações vejam o documento vale mesmo a pena!
Ficheiro: (nota: esta em ingles)
http://nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/2010/info_publ_eng_2010.pdf
PEDRO MARQUES
André só para avisar como tivemos a fazer o comentário ao mesmo tempo não pude observá-lo por isso desculpa por alguma repetição.
ResponderEliminarPedro Marques
Este prémio Nobel foi atribuido aos pioneiros da produção de materiais orgânicos sintéticos que podem ter numerosas aplicações, como já foi referido, na proteção de colheitas, indústria de químicos, produção de componentes de eletrónica e, possivelmente o mais proveitoso, para o tratamento de cancro. O processo consiste na produção de ligações seletivas entre átomos de carbono, utilizando como catalizador átomos de paládio. A capacidade de formar tais ligações é uma importante ferramenta que oferesse a cientistas uma forma mais eficiente de criar complexos compostos baseados em átomos de carbono.
ResponderEliminarO prémio Nobel foi atribuído, também, pela descoberta de uma substâncias conhecida como discodermolida, que consiste num importante inibidor tumoral. Estes investigadores criaram novas vias de síntese para a produção de novas moléculas em larga escala, com aplicações na área de nano tecnologia e na área farmacêutica, como por exemplo na produção de medicamentos para doenças cancerígenas. O processo conta com a utilização de paládio como catalizador nas reacções de cross-coupling.
ResponderEliminarEste prémio foi atribuído a cientistas responsáveis por desenvolver técnicas que permitem a criação não de moléculas de carbono mas das moléculas de carbono mais complexas criadas pelo Homem, segundo a Fundação Nobel que fica em Estocolmo.
ResponderEliminarApesar de não terem trabalhado em conjunto, a partir dos estudos dos três premiados, outros químicos puderam sintetizar compostos partindo de substâncias complexas encontradas na natureza para lutar contra o cancro do cólon, a herpes e a Aids.
O “acoplamento cruzado do paládio catalisado” (como o Vasco referiu) também é útil para o progresso dos antibióticos contra as bactérias resistentes.Concretamente, estas descobertas servirão para sintetizar moléculas novas com aplicações na medicina, agricultura, sector industrial químico e para o desenvolvimento de componentes electrónicos.Na indústria electrónica serve para produzir telas de computador ultra planas de poucos milímetros. As primeiras reacções deste tipo foram realizadas há mais de 40 anos por Richard Heck no seu laboratório de Delaware, mas continuam a ser melhoradas e desenvolvidas.
"Hoje em dia, 25 por cento dos medicamentos são feitos com reacções deste tipo. Graças às propriedades "mágicas" do paládio, a síntese artificial decorre em condições muito amenas, sem recurso a altas pressões ou temperaturas - ou solventes invulgares - e portanto, sem criar subprodutos muito tóxicos." Para além da importância inerente à descoberta principal, este ultimo ponto é para mim bastante relevante. Hoje em dia os cientistas fazem várias descobertas e quando vão aplicar os seus conhecimentos estão apenas centrados nos objectivos finais, não dando importância a todas as consequências ambientais que mais tarde se irão sentir. Só depois dos fenómenos ocorrerem é que a comunidade pensa em tentar solucioná-los. Desta vez foi diferente, é fantástico! Sabermos que podemos curar e ainda por cima sem prejudicar a nossa tão querida Terra. Para além disto, o facto destas reacções não pedirem pressões elevadas facilita a obtenção de equipamentos assim como promove a gastos monetários reduzidos.
Só deixo uma questão, esta descoberta é simplesmente a luz ao fundo do túnel para milhões de pessoas mas será que estas substancias ao matarem as células cancerosas, não matam também as células saudáveis? Não encontrei nada a este respeito mas presumo que o problema se mantenha. O desafio continua…
Bárbara Leal
A química está sempre a surpreender-nos e o prémio nobel, nesta caso da química, reconhece mundialmente os trabalhos realizados nas diferntes áreas.
ResponderEliminarEste concretamente está a valorizar uma descoberta que no futuro pode vir a descobrir medicamentos contra o cancro, assim como outras áreas, como por exemplo: na electronica, nos materiasis plasticos, isolantes...
O atomo de carbono está presente na maior parte dos compostos organcos, desde o ser humano até ao diamante. Tudo o que tem a ver com ligações de carbono poderá a ter impacto e trazer-nos beneficios para a nossa forma de vida.
Por estas razões esta descoberta é uma das mais importantes pela aplicabilidade que poderá vir a ter no nosso futuro.
Vou pegar numa parte do comentário da Bárbara para enaltecer este Prémio Nobel: é a primeira vez que se sintetiza um composto pensando não só no objetivo final mas também no impacto ambiental. Neste processo de síntese, tiveram cuidados especiais com os reagentes utilizados e com os produtos secundários obtidos.
ResponderEliminarEm Química Orgânica, nem sempre houve a atenção desejada na síntese de novos compostos; algumas sínteses envolvem reagentes tóxicos e nefastos para o ambiente. Parecia que ninguém estava preocupado com isso!
Também acho curioso como os dois prémios (da física e da química) estejam ligeiramente ligados, parece que os compostos de carbono ainda vão dar muito que falar!
Mais uma vez, a Quimica demonstra ser uma ciência com um papel fundamental na nossa sociedade. Sem ela nao teríamos chegado tão longe nem teríamos descoberto coisas tão importantes.
ResponderEliminarEsta nova forma de ligar átomos de carbono para construir moleculas mais complexas, que poderão ser muito úteis no desenvolvimento de novos medicamentos, será, sem dúvida, um passo muito grande, que se interligará com as Ciências Farmacéuticas e a Medicina (mais especificamente com o cancro que mata diariamente tantas pessoas...).
Descobri que, para além de esta descoberta poder ser utilizada na medicina, também o poderá ser na Agricultura, na electrónica e na Indústria... Permitindo-nos assim dar mais e maiores passos no que toca à evolução do Homem.
Há que honrar o nome destes senhores que fizeram uma descoberta que poderá vir a ser preciosissima no nosso futuro!