segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Google investe em sistema de energia eólica longe da costa dos EUA

Por Catarina Coimbra
 
Google investe em sistema de energia eólica longe da costa dos EUA

Google investe em sistema de energia eólica longe da costa dos EUA

Projeto chamado de Atlantic Wind Connection pretende criar sistema de transmissão de energia eólica suficiente para abastecer 1.900 famílias
Terça-feira, 12 de outubro de 2010 às 13h20




O Google anunciou que está investindo em um projeto chamado de Atlantic Wind Connection, ou Conexão Atlântica de Vento, em tradução livre. O investimento é uma tentativa de criar um sistema de transmissão de energia eólica longe da costa que liga as turbinas através de vários quilômetros.

Será utilizado um cabo submarino projetado para transportar a energia ligando diversos parques eólicos longe da costa à rede elétrica norte-americana. Os custos para a construção do projeto estão estimados em US$5 bilhões, de acordo com o The New York Times.

O sistema seria capaz de gerar 6 mil megawatts, potência suficiente para abastecer 1.900 famílias. De acordo com o Google, o projeto facilita a ampliação da energia eólica longe da costa.

O projeto é de responsabilidade da companhia independente de transmissão Trans-Elect e os fundos vêm do Google, do investidor em energia renovável Good Energies e da empresa Marubeni, uma investidora japonesa.

Segundo a Trans-Elect, a previsão é que a construção comece em 2013 e com finalização em 2021.

11 comentários:

  1. André Bernardes:
    Fora os gastos económicos que este projecto necessita concordo com a sua realização. O homem faz bem em explorar estes diferentes tipos de energias renováveis pois como sabemos, vamos chegar a um ponto em que os recursos naturais (não-renováveis) desaparecerão do nosso planeta.
    Dado que estou também ligado á energia eólica, sendo a base do meu trabalho em Área de Projecto, posso afirmar que a energia provinda dos ventos pode atingir rendimentos elevados, se as ventoinhas forem bem construidas e colocadas sob condições ideais. Pelos vistos não é só a companhia da GOOGLE que vai pagar o projecto mas também empresas do Japão ou mesmo celebridades vão financiá-lo em grandes quantidades monetárias. Assim como tudo, se esta ideia funcionar, acredito que a Europa faça o mesmo ou parecido. Em vez de gastar-mos 6.000 Mega watts directamente da corrente eléctrica, consegue-se obter esta quantidade de energia pelas turbinas do Atlantic Wind connection.
    Quem ganhará mais com isto não é nada mais nada menos que o meio ambiente.

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  2. Os recursos renováveis são na minha opinião o futuro. Apesar de no momento estes 5 biliões de dólares parecerem muito, ao fim de algum tempo o retorno está garantido. O problema é o rendimento mas penso que a localização é a correcta. Que melhor local que não o oceano? Tempestades é o que não falta no mar existindo assim muito vento e a água quase não oferece fricção ao vento.
    Outro aspecto interessante que pesquisei é que a colocação seria na plataforma continental dos estados unidos da América no Oceano Atlântico não estando assim exposto a temperaturas muito frias dificultando a gestão e aumentando o tempo de vida deste campo eólico como acontece ao contrário dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos da América em que existem temperaturas muito baixas.

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  3. Na verdade, na Europa, já temos uma grande quantidade de offshore wind energy. Quando estava a sobrevoar a costa Holandesa, via-se uma grande quantidade de turbinas eólicas, que para além de agradáveis para o ambiente, são também proporcionadoras de uma excelente paisagem.
    Muitas vezes colocam-se aqueles estúpidos problemas de estética, onde alguns afirmam que as eólicas são uns "mostros" no meio de uma serra. No mar, acho que esse problema será menor e para além disso a paisagem é verdadeiramente incrível.

    Mas o que realmente interessa é mesmo o beneficio para o ambiente, que tenho a certeza de que é gigante. Para além disso, penso que é economicamente rentável, apesar do grande investimento inicial.

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  4. Muito boa tarde... Ao ler esta notícia, ver os comentários e ao pesquisar lembrei-me que, se me permitem a ousadia, este projecto poderia aliar a energia eólica à energia maremotriz. Isto é, pode parecer loucura, mas - se os cabos que ligam os vários parques eólicos vão passar pelo mar – a energia poderia ser amplificada através da água do mar. o único problema da minha teoria é, pelo que percebi, os canais não estarão à superfície, o que se resolveria facilmente. Penso que era uma boa oportunidade pois, se vamos gastar dinheiro e usar o mar então porque não aproveitar todas as suas funcionalidades??
    A energia maremotriz resulta da conversão da energia criada pelo movimento da ondulação em energia eléctrica. Esta conversão pode ser obtida através de dois processos: da energia cinética que se deve ao movimento das marés ou da energia potencial que resulta da diferença de altura entre a maré baixa e alta.
    Uma central maremotriz é composta por um reservatório que permite a entrada e saída de água. Quando a água entra nesse reservatório passa através de uma turbina produzindo movimento que é convertido em energia eléctrica, o mesmo acontece quando a água sai desse reservatório. Este tipo de energia é não poluidora e renovável, apesar de ter algumas desvantagens como o facto das marés e das ondas não serem consistentes.
    Apesar de como diz a sabedoria popular: “Vozes de burro não chegam ao céu”, quis partilhar o meu momento cientifico e inventor com vocês. XD
    Obrigada, Bárbara

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  5. Concordo com a aposta cada vez mais frequente nos recursos renováveis para a obtenção de energia.
    O desenvolvimento apresentado nestas últimas duas décadas pela tecnologia de sistemas de conversão de energia eólica é comparável à taxa de evolução dos campos tecnológicos mais agressivos.
    Uma turbina eólica é formada essencialmente por um conjunto de pás, que sob a ação do vento são sujeitas a forças aerodinâmicas que as impulsionam em movimento rotativo.

    Relativamente ao projeto da Google, o preço deste projeto é elevado mas, como já referiram, será compensado ao fim de algum tempo. Segundo pesquisas que realizei, o local utilizado para o projeto terá uma extensão de 560 km: na costa do estado de New Jersey, Rhode Island, Massachusettes e Virgínia.

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  6. A Google é uma poderosa multinacional que opera essencialmente nos Estados Unidos da América. Desenvolve variados serviços e produtos baseados na Internet e gera bastantes lucros através da publicidade. É um motor de busca conhecido por toda a gente, sendo a sua popularidade equivalente aos seus lucros. Daí vem o poder económico para embarcar tal projecto com grandes visões solidárias e futuristas.

    O uso de energias renováveis, como o vento, engloba sempre vantagens:
    - A redução da poluição e da dependência energética(luta por um amibiente mais saudável);
    - O vento é um recurso inesgotável. Ao utiliza-lo, estamos a poupar noutros recursos que podem vir a ser necessários no futuro e a reduzir o uso de poluentes.

    Assim, penso que este projecto tem tudo para dar certo, sendo bastante benéfico tanto para o ambiente como para algumas famílias. O unico problema que, a meu ver, se levanta é uma construção tão dispendiosa ser útil para APENAS 1900 famílias (se cada uma for constituída, em média, por 4 pessoas, temos um total de aproximadamente 8000 pessoas, o que não é muito, tendo em conta 5 biliões de dolares).

    Contudo, não deixa de ser um sistema inovador e ecológico que trará, com certeza, benefícios ao nosso planeta. E quem sabe se, num futuro próximo, este projecto nao fará com que a energia eólica faça parte da vida de cada vez mais famílias.

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  7. O Google está a ultrapassar as minhas expetativas. Muitas vezes, as grandes empresas recusam-se a gastar um cêntimo que seja com preocupações ambientais, como por exemplo o Facebook, contra quem a Greenpeace abriu uma guerra aberta para que eles “unfriendassem” o carvão e tomassem medidas quanto ao tipo de energia que iria garantir o seu novo data center (http://www.greenpeace.org/international/e
    (http://www.greenpeace.org/international/en/campaigns/climate-change/cool-it/ITs-carbon-footprint/Facebook/).
    Mas retomando esta notícia, o Atlantic Wind Connection irá, antes que se possam construir os aerogeradores propriamente ditos, canalizar electricidade ao longo das várias zonas da costa Americana, de onde ela mais barata (Virgínia) para sítios como New Jersey, onde o seu preço é exorbitante, ajudando muitos americanos em dificuldades económicas aí. O cabo ao longo da costa que vai receber e transportar esta energia tem a capacidade de 6000 megawatts, o equivalente ao produto de 5 grandes centrais nucleares, portanto isto vai ser um projeto em grande!
    Só é pena que haja sempre uma data de burocracias a ultrapassar que vão de certeza atrasar este projecto durante anos. Só depois deste primeiro passo ser posto em prática é que outros serão construídos mais facilmente, e é pena que se atrase o cuidado do ambiente.
    É este tipo de ideias audaciosas que quebra barreira permitindo que a humanidade avance! Estou com a Google a 100%!
    put "a google", not "o google" in the beginning

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  8. Apesar de a energia eólica englobar desvantagens como a poluição sonora e visual, o facto de matar aves e morcegos com as suas pás e o impacto negativo no ecossistema, é essencial apostar em energias renováveis. 5 biliões de dólares é uma quantia exorbitante mas estamos apenas no inicio de uma revolução - a revolução ecologica. Está na altura de apostar para melhorar e inovar.

    Descrito como "one of the most interesting projects ever" este projecto promete grandes alterações na racionalização e produção de energia, visto ocupar um espaço junto à costa oeste dos EUA, num local onde não causará impactos ambientais negativos e com muito vento. Estima-se que terá um comprimento de 560 km - várias séries de turbinas seguidas.

    Só o tempo dirá se o investimento valeu a pena...

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  9. De facto a energia eólica parece uma boa aposta e, sendo o dinheiro abundante (estamos a falar do Google) é inteligente o recurso a esta forma de energia renovável. Contudo, pegando um pouco naquilo que o Tiago disse, será que vale a pena tendo em conta os impactos negativos que poderá ter na biodiversidade da região? Pessoalmente, acho que seria mais racional recorrer à energia solar e, estando mais dentro do assunto ( encontro-me neste momento a desenvolver um projecto em AP que utiliza a mesma ) acredito que conseguiríamos alcançar rendimentos tão elevados como o que se espera sem, contudo ameaçar a vida dos outros seres vivos. Afinal de contas o propósito das energias renováveis não é poupar o nosso planeta? Então temos de partir do princípio que a vida neste também não é ameaçada. Não quero parecer muito extremista mas, pessoalmente nunca fui muito apologista deste tipo de energia.Tenho dito

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  10. Realmente acho fantástico a evolução que ocorre constantemente nas tecnologias ligadas ao aproveitamento de recursos naturais como neste caso apresentado acima, o vento. Não fazia ideia da existência deste projecto e admito que gostei bastante de saber deste projecto porque só mostra como estamos todos a tentar manter o nosso planeta no melhor estado possível, salvo algumas excepções.
    O que me desilude neste projecto é que as famílias que vão beneficiar desta iniciativa pertencem todas ao continente Americano e caso resulte era muito útil se fosse feito em diversos pontos do globo de modo a todos os países ou pelo menos os que gastam uma maior quantidade de energia eléctrica como alguns países da Europa.
    Os investidores que participam neste projecto são o Google Energia e a Marubeni Corporation têm que entrar com bastante dinheiro e estamos a falar de cerca de 5 biliões de dólares! Agora temos a certeza de que o projecto irá funcionar correctamente, devido ao elevado investimento (Se não houvesse certezas do bom funcionamento nunca se iriam gastar 5 biliões de dólares neste projecto) e que irá ajudar muito todas as famílias de Nova Iorque até Norfolk, na Virgínia, passando por New Jersey e Delawere onde cobrirá um raio de cerca de 560km.

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  11. Este investimento pode ser muito importante para que Portugal se torne independente, em termos de energia. Também há uma inovação na área da energia eólica que acaba com uma das grandes desvantagens e querelas com a QUERCUS: as pás dos aerogeradores podem ter incorporados sensores de movimento para detetar e afastar aves que morreriam sem este dispositivo.
    Será que é desta?

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