Por Tiago Gomes:
THE ATOM smasher at Cern has achieved yet another milestone, in the process simulating conditions last seen after the Big Bang that formed the universe.
The 27km accelerator has now begun smashing together lead particles, each collision delivering a kind of miniature Big Bang.
And while these collisions generate temperatures 100,000 times hotter than the temperature at the centre of the sun they occur in a tiny space and last less than a millionth of a second.
No passado dia 10, os físicos do CERN (Suiça) efectuaram um marco histórico. Ao fazer colidir átomos de chumbo a velocidades elevadas, atingiram-se temperaturas 100 000 vezes mais quentes que a temperatura do centro do Sol (cerca de 1.57×107 K ), criando condições que não haviam sido vistas desde o Big Bang. Estas temperaturas foram registadas em menos de um milionésimo de segundo.
Com esta descoberta, os cientistas estão cada vez mais perto de encontrar a partícula teórica que transforma energia em matéria (Bosão de Higgs), mas que, na prática, nunca se observou e que poderá explicar a origem das estrelas e dos planetas.
Podem pesquisar sobre:
- História e funcionamento do CERN
- Bosão de Higgs
- Big Bang
http://www.sofiaecho.com/2010/11/08/990062_world-survives-large-hadron-collider-mini-big-bangs
André Bernardes
ResponderEliminarEstas experiências são realmente importantes para a descoberta da origem do nosso universo, tentar recriar o Big Bang é possível ser a única solução para descodificar a formação dos planetas e as estrelas.
Sobre o Bosão de Higgs: pode ser chamado também de Bosão de Higgs europeu é uma partícula elementar escalar maciça hipotética predita para validar o modelo padrão actual de partícula. É a única partícula do modelo padrão que ainda não foi observada, mas que poderá representar a chave para explicar a origem da massa das outras partículas elementares. Todas as partículas conhecidas e previstas são divididas em duas classes: férmiões (partículas com valor de spin da metade de um número ímpar) e bosões (partículas com valor de spin inteiro).
As massas da partícula elementar e as diferenças entre o electromagnetismo (causado pelo fotão) e a força fraca (causada pelos bosões de W e de Z), são críticas em muitos aspectos da estrutura da matéria microscópica e macroscópica; assim se existir, o bosão de Higgs terá um efeito enorme no mundo em que vivemos.
Até o ano de 2006, nenhuma experiência detectou directamente a existência do bosão de Higgs, mas há alguma evidência indirecta da sua existência. O bosão de Higgs foi predito primeiramente em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs, trabalhando as ideias de Philip Anderson. Com a entrada em funcionamento do Grande Colisor de Hadrões em 10 de setembro de 2008 espera-se encontrar a prova definitiva do bóson de Higgs.
Poderão as teorias da religião afundar definitivamente...e as da ciência reinar?!
Vasco Quaresma:
ResponderEliminarNem toda a gente é a favor do cern, porém, todas as criticas e objecções apontadas foram rapidamente refutadas.
"Alguns cientistas acreditam que este equipamento pode provocar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro que acabaria por destruir a Terra. Para tanto, corre um processo num tribunal do Havaí tentando impedir a experiência, até que haja uma total comprovação de que não haja riscos. Outros acusam o CERN de não ter realizado os estudos de impacto ambiental necessários. No entanto, apesar das alegações de uma suposta criação de um buraco negro, o que de fato poderia ocorrer seria a formação de strange quarks, possibilitando uma reação em cadeia e gerando a matéria estranha; esta possui a característica de converter a matéria ordinária em matéria estranha, logo gerando uma reação em cadeia na qual todo o planeta seria transformado em uma espécie de matéria estranha.
Apesar das alegações "catastróficas", físicos teóricos de notável reputação como Stephen Hawking e Lisa Randall afirmam que tais teorias são absurdas, e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revisadas e estão sob controle.
Entretanto, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia, e não viveria mais de 10−27 segundos (ou 0,0000000000000000000000000001 segundo), pois por ser um buraco negro, emitiria radiação e se extinguiria.
Mas, supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km por segundo) e continuaria a passear neste ritmo se não desaparecesse. Em menos de 1 segundo ele atravessaria as paredes do LHC e afastaria-se em direção ao espaço. A única maneira de este permanecer na Terra é se sua velocidade for diminuída a 15 km por segundo. E, supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro da Terra, devido à gravidade, mas continuaria sem ser ameaçador. Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um protão, ele passaria pela Terra sem colidir com outra partícula (não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio), e ele só encontraria um protão para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Para chegar a ter 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade atual do universo.
O cientista do MIT, Ph.D em Astrofísica pela Universidade de Bolonha, o brasileiro Gabriel Moraes Ernst, considera a teoria concernente com as principais vertentes de análise, ao considerar a aplicabilidade da transferência de pósitrons com base na massa do buraco negro gerado."
Nem toda a gente é a favor do cern, porém, todas as criticas e objecções apontadas foram rapidamente refutadas.
ResponderEliminar"Alguns cientistas acreditam que este equipamento pode provocar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro que acabaria por destruir a Terra. Para tanto, corre um processo num tribunal do Havaí tentando impedir a experiência, até que haja uma total comprovação de que não haja riscos. Outros acusam o CERN de não ter realizado os estudos de impacto ambiental necessários. No entanto, apesar das alegações de uma suposta criação de um buraco negro, o que de fato poderia ocorrer seria a formação de strange quarks, possibilitando uma reação em cadeia e gerando a matéria estranha; esta possui a característica de converter a matéria ordinária em matéria estranha, logo gerando uma reação em cadeia na qual todo o planeta seria transformado em uma espécie de matéria estranha.
Apesar das alegações "catastróficas", físicos teóricos de notável reputação como Stephen Hawking e Lisa Randall afirmam que tais teorias são absurdas, e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revisadas e estão sob controle.
Entretanto, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia, e não viveria mais de 10−27 segundos (ou 0,0000000000000000000000000001 segundo), pois por ser um buraco negro, emitiria radiação e se extinguiria.
Mas, supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km por segundo) e continuaria a passear neste ritmo se não desaparecesse. Em menos de 1 segundo ele atravessaria as paredes do LHC e afastaria-se em direção ao espaço. A única maneira de este permanecer na Terra é se sua velocidade for diminuída a 15 km por segundo. E, supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro da Terra, devido à gravidade, mas continuaria sem ser ameaçador. Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um protão, ele passaria pela Terra sem colidir com outra partícula (não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio), e ele só encontraria um protão para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Para chegar a ter 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade atual do universo.
O cientista do MIT, Ph.D em Astrofísica pela Universidade de Bolonha, o brasileiro Gabriel Moraes Ernst, considera a teoria concernente com as principais vertentes de análise, ao considerar a aplicabilidade da transferência de pósitrons com base na massa do buraco negro gerado."
Estive a pesquisar e esta experiência utiliza uma máquina de 10 toneladas "ALICE" projectada especificamente para estudar as condições extremas produzidas nas colisões de chumbo. ALICE é uma das 4 principais experiências a decorre no LHC desenhado para estudar não só a interacção chumbo-chumbo mas também a física da ultra-alta energia protão-protão.
ResponderEliminarComo em tudo há sempre pessoas a favor e contra e o caso do CERN não é excepção! Como o Vasco tinha referido há imensa gente com opiniões menos positivas acerca do trabalho desenvolvido no CERN mas penso que a quantidade de pessoas a favor é muito maior e portanto devemos acreditar que o trabalho que se espera desenvolver é realmente para ajudar a perceber o inicio de tudo (Formação do Universo, no geral).
ResponderEliminarSaiu uma noticia há 2 dias que dizia que pela primeira vez, e com a ajuda de um aparelho denominado de Atrap, conseguiram captar no CERN 38 átomos de anti-hidrogénio. Com este avanço vai permitir um estudo mais aprofundado de algumas propriedades da matéria que desconhecemos e isto pode ajudar a desenvolver diversos materiais novos.
O Grupo que realizou esta experiência tinha como objectivo, como já referi acima, na criação de antiátomos frios (com baixa energia) e estudá-los com laser e espectroscopia de modo a saber as suas propriedades.
Como falava o Vasco do LHC, que é o maior acelerador de partículas de todo o mundo, é caracterizado de várias formas: é a maior máquina do mundo, o mais frio, o circuito mais rápido do mundo, o espaço mais vazio do Sistema Solar (a pressão sentida é de 10−13), tem os maiores e mais sofisticados detectores e é o mais potente super computador. Realmente, com estas condições e com todo o dinheiro que já foi investido por tantos países era muito bom que conseguíssemos saber mais sobre a origem das partículas elementares.
O mais impressionante da notícia é que estamos em contagem decrescente para a obtenção de provas científicas, e mais uma vez na nossa geração, de como nasceu o nosso Universo, os nossos planetas e estrelas!.. Não deixa de ser impressionante como a ciência vai encontrando solução e explicação a tantos fenómenos que durante anos, séculos, miléninos suscitaram tantas dúvidas...
ResponderEliminarA Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, conhecido como CERN (em francês: Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), é o maior laboratório de física de partículas do mundo. A organização tem vinte Estados membros e é actualmente o local de trabalho de aproximadamente 2600 funcionários em tempo integral, assim como 7931 cientistas e engenheiros.
Com esta experiência do Mini Big Bang o CERN chegou a um dos seus grandes objectivos actuais estando a contribuir, indiscutivelmente, para a compreensão da origem do nosso Universo.
No passado, no entanto, já tem outras grandes contribuições para a nossa sociedade, tais como:
=> aparelhos que os hospitais usam hoje em dia para detectar o cancro já sem falar nos avanços técnicos necessários e exigidos pelas experiências, técnicas que acabam sempre no domínio público;
=> o nascimento da WEB - foi o berço da invenção da World Wide Web, ou simplesmente WWW ou Web;
=> o écran táctil capacitativo.
Muitos cientistas que trabalharam no CERN receberam Prémios Nobel pelos trabalhos desenvolvidos.
É, portanto, um grande centro de comunidade científica que acaba de dar mais um grande passo no desenvolvimento e compreensão científica do mundo da física.
Nunca estivemos tão perto de assistir a uma segunda criação do Universo! Imagino-nos um dia (um dia que se aproxima cada vez mais) a assistir confortavelmente dos nossos sofás à réplica deste acontecimento que gerou tudo o que conhecemos hoje (e tudo o que ainda está por descobrir!). Se os nossos pais viram a primeira aterragem na Lua, nós veremos a criação do Universo. É de lhes fazer inveja!
ResponderEliminarÉ por isto que os cientistas no CERN lutam, tentando (re)criar o tal Bosão de Higgs, que explicaria a criação de massa a partir de energia, como já foi referido nos comentários anteriores, e que possibilitaria uma explicação completa do Big Bang.
Aguardo confortavelmente no meu sofá, vendo as séries da Fox para passar o tempo, até que “O” dia chegue. Ah, e claro, estudando química nos intervalos!
Boa noite. Pesquisando sobre o Cern e esta tentativa de recriação do inicio da nossa historia, encontrei algo bastante interessante, e deixo o link uma vez que mostra a imagem obtida e um vídeo que explica sucintamente o que foi feito, bem como imagens do próprio Cern. http://pt.euronews.net/2010/11/19/fisicos-do-cern-divulgam-primeira-imagem-da-antimateria/
ResponderEliminarO que aconteceu foi que os cientistas conseguiram aprisionar, numa espécie de garrafa, denominada taça magnética, atomos de anti-hidrogénio. E apesar de tal ter acontecido em apenas um decimo de segundo foi o suficiente para capturar 38 desses átomos. A matéria e a anti-matéria têm cargas opostas anulam-se quando se encontram por este mesmo motivo. O objectivo é clarificar alguns enigmas do Universo, como o facto de o mundo ser aparentemente feito apenas de matéria e não de antimatéria, ainda que ambas tenham sido produzidas no Big Bang.
Expecificamente sobre a noticia encontrei declarações do porta-voz Juergen Schukraft que explica o objecto da pesquisa: “O Big Bang começa ali, hoje estamos aqui.
O que queremos estudar é esta região, a primeira vez que o universo não consiste apenas de objectos elementares, mas quando esses objectos elementares fundiram-se em objectos combinados.” Nas próximas semanas os cientistas vão concentrar-se na análise da informação obtida com a colisão de iões de chumbo.
Desta forma esperam vir a saber mais sobre o plasma que formava o Universo uma milésima de segundo após o Big Bang, há 13.7 mil milhões de anos.
Química é nossa. xD
esqueço-me sempre! Bárbara
ResponderEliminarComo muitos já disseram cada vez mais estamos perto de descobrir toda a verdade sobre a origem do Universo. Se ha 10 anos se falasse em recriar as condições de temperatura que predominaram no Big Bang, de certo as pessoas veriam tal como absurdo e impossivel. Contudo tais metas ja nao sao futuro mas sim presente.
ResponderEliminarApos pesquisar um pouco sobre o Cerne descobri uma noticia recente (19 de Novembro) onde se afirma que o CERN criou um total de 38 átomos de anti-hidrogénio durante uma décima de segundo.Graças a esta experiência, só falta estudar as propriedades dos átomos de anti-hidrogénio e, talvez assim, dar resposta a inúmeras perguntas sobre o paradeiro de toda a antimatéria produzida na origem do Universo.
"O hidrogénio é o átomo mais simples e o anti-hidrogénio é o tipo mais fácil de antimatéria que se pode produzir em laboratório. Esperamos que, ao conhecê-lo melhor, obtenhamos pistas sobre a razão por que praticamente todo o Universo conhecido é matéria e não antimatéria", afirma Mike Charlton.
Como vemos, o CERN não dorme em serviço e realiza descobertas atrás de outras .
A cada notícia que passa no blog, concluímos que dificilmente a química nos poderá surpreender mais, mas acaba sempre por surpreender, e muito! Com esta descoberta fantástica, desenvolvida pelos cientistas do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), estamos realmente perto de descobrir, com precisão, o Big Bang.
ResponderEliminarAtravés da minha pesquisa concluí que o CERN - maior laboratório do mundo, que atinge os seus objectivos baseando-se nas ciências: fisica e quimica - faz descobertas importantes muito frequentemente, e esta foi mais uma... Com as colisões, a grandes velocidades, entre as particulas de chumbo, é possivel atingir temperaturas altissimas (100 mil vezes mais quentes que as temperaturas a que se encontra o centro da nossa estrela, o sol.) num curto espaço de tempo (menos de um milionésmio de segundo). Assim, conseguimos recriar o Big Bang, mas em "miniatura", visto que os dois acontecimentos se baseiam no mesmo principio.
Aproxima-se o dia em que perceberemos, na totalidade, o que aconteceu à 15 mil milhões de anos atrás.
O CERN é o maior laboratório de física de partículas do mundo. A sua principal função é fornecer aceleradores de partículas e outras infra-estruturas necessárias para a pesquisa de alta energia física.
ResponderEliminarPara poder recriar o Big Bang, o CERN concebeu um complexo tecnológico que demorou mais de 12 anos a construir, com ao objectivo fulcral de provocar a colisão de feixes de protões à velocidade da luz. Esta colisão será realizada no interior do LHC (Large Hadron Collider) um anel de 27 km de circunferência e refrigerado a 271,4º negativos, construído a 100m de profundidade.
Tantos anos de espera e agora temos frutos, ou pelo menos, o início...
ResponderEliminarBem a propósito, a semana passada vi um programa relativamente novo da RTP2, chamado com ciência, onde um dos temas era a última experiência do CERN. É muito interessante e deixo aqui o link para quem quiser ver (a parte do CERN começa aos 27 min).
http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=26914&e_id=3&c_id=8&dif=tv
Aquilo que mais me impressiona nesta experiência é que a quantidade de dados obtidos vai fazer com que se demore 20 anos para poderem ser todos analisados! O que me reconforta é que temos muitos cientistas portugueses a trabalhar lá, especialmente em lugares de topo; Portugal poderá estar a ganhar terreno no campo da investigação, a nível mundial.
Daqui a 20 anos falaremos melhor ...