A agência espacial americana (Nasa) aguarda a entrega de um instrumento importante construído pela Agência Espacial Europeia (ESA) capaz de observar o nascimento das estrelas e remontar à formação das primeiras galáxias. O aparelho vai equipar o telescópio espacial James Webb (JWST), com lançamento previsto para 2014.
Uma cópia do espectrómetro NIRSpec, idêntico ao que será mandado para o espaço, foi recebido pela Nasa, na semana passada, para testes. O seu desenvolvimento durou cinco anos num trabalho de alta precisão, que envolveu 25 empresas.
A expectativa dos cientistas é que o espectrómetro, que será colocado em órbita a 1 milhão e meio de quilómetros da Terra, consiga estudar até 100 galáxias simultaneamente. O NIRSpec vai trabalhar no comprimento de onda do infravermelho, entre 0.6 e 5 microns ou milésimos de milímetros. O objectivo é captar a luz das galáxias, emitida há mais de 13 bilhões de anos.
Os especialistas explicam que para conseguir detectar as pequenas variações de temperatura o instrumento precisa ser resfriado a -238° centígrados. Para tal, sua armação foi construída com cerâmicas especiais.
O futuro telescópio JWST será, também, composto por escudo solar gigante; uma câmara infravermelha, fabricada na America; e um sensor canadense que permitirá ao telescópio orientar-se com grande precisão. O espelho primário medirá 6.5 metros de diâmetro. Para se ter uma ideia, no telescópio espacial Hubble o espelho primário mede apenas 2.4 metros.
“É um verdadeiro desafio. Nós montamos o telescópio na temperatura ambiente. Depois temos que resfriar 4 mil quilos a -238°C, o que levará aproximadamente um mês”, explicou Phil Sabelhaus, coordenador do projeto para a Nasa.
Sabelhaus ressalta a grande dificuldade de testar um instrumento assim, na Terra. Como os seus instrumentos ópticos são ultra-precisos, qualquer vibração, por mínima que seja, pode interferir nos sinais captados e nos resultados dos testes.
A minha pergunta é: Como é que algo, tão pouco conhecido e não relevante no nosso dia-a-dia, nos pode vir a dar informações tão importantes sobre o passado do universo?
Notícia postada por Carolina.
domingo, 23 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
A importância dos complexos
O campo de aplicações dos complexos é muito vasto. Por exemplo, na área da medicina, utilizam-se complexos de európio luminescentes para a deteção de células malignas.
Vejam o seguinte artigo:
Estudos Espectroscópicos de Complexos de Európio Luminescentes:
estrutura conformacional, interacções não-covalentes,
efeito de antena e colheita de luz.
Paulo J. A. Ribeiro-Claro
Departamento de Química – CICECO, Universidade de Aveiro, P-3810-193 AVEIRO; pclaro@dq.ua.pt
Os catiões trivalentes de lantanídeos, em particular, európio (III) e térbio (III),
apresentam propriedades fotoluminescentes favoráveis a uma grande variedade de aplicações ópticas, desde fibras amplificadoras a lasers de estado sólido. Contudo, as bandas de absorção características destes catiões – estreitas e de fraca intensidade – tornam difícil a obtenção de luminescência por excitação directa. O problema pode ser ultrapassado por complexação do catião com ligandos orgânicos com bandas de absorção largas e intensas. A luminescência do catião é amplificada por transferência de energia intramolecular a partir do estado excitado do ligando – “efeito de antena”.
Nos últimos anos, um conjunto de novos materiais luminescentes baseados em complexos de Eu(III) tem sido desenvolvido no âmbito do Laboratório Associado CICECO – Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos – por uma equipa multidisciplinar que integra as componentes de síntese orgânica e inorgânica, caracterização estrutural, simulação computacional e caracterização de fotoluminescência. Esta comunicação visa apresentar alguns dos resultados mais significativos já obtidos, com ênfase nos estudos espectroscópicos e na descoberta do efeito designado por “colheita de luz”.
Afinal, a Química é uma ciência que existe para apoiar outras áreas necessárias para o desenvolvimento e bem-estar da vida humana.
A minha questão é a seguinte: com base no tema cultural deste ano, dá cor à vida, será que podemos dizer que estes novos complexos podem dar cor à vida humana?
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