domingo, 23 de janeiro de 2011

Nasa testa espectrómetro que estudará a formação de galáxias

A agência espacial americana (Nasa) aguarda a entrega de um instrumento importante construído pela Agência Espacial Europeia (ESA) capaz de observar o nascimento das estrelas e remontar à formação das primeiras galáxias. O aparelho vai equipar o telescópio espacial James Webb (JWST), com lançamento previsto para 2014.


Uma cópia do espectrómetro NIRSpec, idêntico ao que será mandado para o espaço, foi recebido pela Nasa, na semana passada, para testes. O seu desenvolvimento durou cinco anos num trabalho de alta precisão, que envolveu 25 empresas.



A expectativa dos cientistas é que o espectrómetro, que será colocado em órbita a 1 milhão e meio de quilómetros da Terra, consiga estudar até 100 galáxias simultaneamente. O NIRSpec vai trabalhar no comprimento de onda do infravermelho, entre 0.6 e 5 microns ou milésimos de milímetros. O objectivo é captar a luz das galáxias, emitida há mais de 13 bilhões de anos.
Os especialistas explicam que para conseguir detectar as pequenas variações de temperatura o instrumento precisa ser resfriado a -238° centígrados. Para tal, sua armação foi construída com cerâmicas especiais.


O futuro telescópio JWST será, também, composto por escudo solar gigante; uma câmara infravermelha, fabricada na America; e um sensor canadense que permitirá ao telescópio orientar-se com grande precisão. O espelho primário medirá 6.5 metros de diâmetro. Para se ter uma ideia, no telescópio espacial Hubble o espelho primário mede apenas 2.4 metros.


“É um verdadeiro desafio. Nós montamos o telescópio na temperatura ambiente. Depois temos que resfriar 4 mil quilos a -238°C, o que levará aproximadamente um mês”, explicou Phil Sabelhaus, coordenador do projeto para a Nasa.


Sabelhaus ressalta a grande dificuldade de testar um instrumento assim, na Terra. Como os seus instrumentos ópticos são ultra-precisos, qualquer vibração, por mínima que seja, pode interferir nos sinais captados e nos resultados dos testes.


A minha pergunta é: Como é que algo, tão pouco conhecido e não relevante no nosso dia-a-dia, nos pode vir a dar informações tão importantes sobre o passado do universo?


Notícia postada por Carolina.

15 comentários:

  1. A existência de radiação IV de fundo na galáxia era um dos argumentos a favor da teoria do Big Bang por isso é natural que estudando esta radiação possamos obter informações fundamentais sobre o passado. Como bem sabemos o telescópio Hubble tem sido uma ajuda preciosa para o alargamento do nosso conhecimento espacial e este telescópio espacial (JWST) será o seu sucessor que se espera dar ainda mais respostas à cerca do nosso passado.
    Explorando um bocadinho mais qual vai ser a sua missão descobri que para alem do que é dito na notícia sobre a pesquisa de luz emitida pelas primeiras galáxias e estrelas formadas depois do Big Bang, também irá estudar a formação e evolução das galáxias, das estrelas e dos planetas e finalmente a origem da vida.
    Ao contrário do Hubble que analisa luz visivel e UV este telescópio é mais focado para a radiação IV e sem dúvida que é essa a chave para o passado.

    Respondendo à Carolina:
    Quando falamos sobre o espectrómetro eu próprio duvidei da utilidade e importância deste aparelho e penso que a resposta é simples. A ignorância/desconhecimento. Só com notícias como estas é que realmente poderemos compreender a importância das mais variadas tecnologias.
    Em termos de funcionamento concreto apenas descobri que espectrómetro irá analisar a radiação IV que se pensa ter sido a luz emitida pelas primeiras estrelas.

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  2. Pergunta: Este telescópio está a ser construído para superar o Hubble. Mas quais serão as diferenças?

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  3. Respondendo ao Pedro:
    O James Webb Space Telescope (JWST) foi chamado o sucessor do telescópio espacial Hubble.
    Há algumas semelhanças - ambos os telescópios estão (ou estarão) no espaço e ambos buscam melhorar a nossa compreensão de processos como o nascimento de estrelas e a evolução das galáxias. No entanto, existem muitas diferenças entre Hubble e Webb.
    Para começar, o Webb irá principalmente olhar para o Universo em infravermelho, enquanto o Hubble estuda-o, em comprimentos de onda ópticos e ultra-violeta.
    O Webb também tem um espelho muito maior do que o Hubble. Esta maior área colectora de luz significa que Webb pode ir mais atrás no tempo do que o Hubble é capaz de fazer.
    O Hubble está em uma órbita muito próxima ao redor da Terra, enquanto Webb estará de 1,5 milhões de quilómetros (km) de distância no segundo ponto (L2) de Lagrange.

    Minha questão para o próximo: baseando-se nas diferenças explicar porque é o Webb é um telescópio mais capaz que o Hubble potenciando novas descobertas nesta área?

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  4. Cada vez que colocam uma notícia sobre um feito da NASA fico sempre impressionado. Só de imaginar o investimento económico envolvido no projecto (25 empresas) até me arrepio... De facto se conseguirmos observar o nascer de várias estrelas poderemos, de forma análoga com certeza decifrar alguns mistérios que remontam para o nascimento do Sol que constitui o nosso sistema solar.

    Respondendo agora à questão da Catarina:
    Como já foi referido, este telescópio tem a intenção de substituir parcialmente as funções do telescópio espacial Hubble, logo é de esperar que possua um arsenal de potencialidades que o Hubble não possui. O seu diâmetro de 2,5 vezes maior ou uma área de espelho seis vezes maior, permitirá a captação de mais luz e, tal como a Catarina já referiu, permitirá a observação de locais mais longínquos do espaço. Além disso, os especialistas afirmam que o novo telescópio permitirá novas revelações sobre as entranhas dos sistemas solares e sobre a composição molecular das atmosferas de "planetas extra-solares", o que o telescópio Hubble não conseguira. Contudo prende-se uma grande questão, apesar destas novas potencialidades, será que vale a pena o investimento em algo que irá substituir a maior maravilha astronómica até então? "O 'Hubble' custou mais de US$ 1,5 bilhão na época de sua construção - cerca de US$ 8 bilhões de hoje -, enquanto o James Webb custará a metade e sua capacidade será entre 10 e 100 vezes maior, portanto, acho que vale a pena", declarou Weiler. Como vêm a ciência está sempre a evoluir...

    Relativamente à minha questão:
    Quais são os três principais módulos de instrumentos do telescópio? Dou uma pista : wi....dia =P

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  5. André Bernardes:
    Em jeito de resposta à pergunta da notícia, penso que é pelas pessoas não saberem destes acontecimentos que a nossa sociedade não evolui mais depressa. Às vezes aquilo que parece menos importante é aquilo que mais respeito e mérito merece. Este é um desses casos, onde apenas um telescópio pode vir a descobrir finalmente o inicio de tudo, descobrir se realmente tudo começou com o famoso BigBang ou se terá havido algo antes disso… Assim como o Pedro respondeu, a existência da radiação infravermelha (tipo de radiação que o telescópio JWST se ocupará de analisar) encontra-se relacionada em muito com a origem do Universo. Como consequência deste facto se os cientistas estudarem a luz de imensas galáxias simultaneamente , de certeza que haverá descobertas acerca da formação destes gigantes compostos anelares ( e com algumas formadas à mais de 13 biliões de anos! como a carolina disse).
    Trazendo algo de novo à notícia, a tecnologia inédita que permite obter simultaneamente os 100 de 100 diferentes galáxias espectros trata-se de um sistema de micro-electromecânicos chamado de "matriz microshutter". Esta matriz do NIRSpec contém inúmeras células cada uma com aproximadamente a largura de um cabelo humano e têm tampas que abrem e fecham quando um campo magnético é aplicado. Cada célula pode ser controlada individualmente, permitindo que esta seja aberta ou fechada para ver ou bloquear uma parte do céu. É este ajuste que permite ao instrumento fazer espectroscopia de muitos objectos de modo simultâneo. Como os objetos do NIRSpec estarão a “olhar” para tão longe, a sua definição será baixa, o instrumento precisa portanto de uma maneira de bloquear a luz de substâncias brilhantes perto (sol, terra, lua, …). Os “Microshutters” funcionam de forma semelhante às pessoas que fecham os olhos para focar algo que lhe estava a ser bloqueado pela interferência da luz.
    Ora se o telescópio Webb é mais dotado que o Hubble já que o iguala ou supera quanto às suas características, é de esperar grandes novidades por parte deste aparelho. Primeiro que tudo se o Webb tem um espelho maior que o do Hubble, isto significa que conseguirá captar maior número de radiações ou intensidade luminosa que o seu precedente não era capaz. Desta forma os cientistas poderão analisar possivelmente radiações iv mais antigas, o que logicamente irá levar a descobertas fantásticas sobre as épocas mais remotas da história da vida. Por outro lado enquanto que o Hubble se limitava a uma órbita muito chegada à Terra, este revolucionário encontrar-se-à num plano distante do nosso planeta e talvez do nosso sistema solar. Isto fará com que sejam analisadas outros tipos de radiações (dentro do infravermelho) que posteriormente cruzadas com outras já estudadas, revelem também factos importantes sobre as nossas galáxias e mesmo sobre a existência de vida no espaço remoto.
    A minha pergunta ao próximo comentador: Que outros instrumentos têm sido desenvolvidos pela NASA ou por agências espacias universais que visam a procura contínua de respostas para a origem do universo e descoberta de vida?

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  6. Respondendo a Carolina:
    Na minha opinião, este assunto só se torna “tão pouco conhecido e não relevante” devido ao desinteresse das pessoas do nosso país! Para a maioria das pessoas o que a NASA faz ou deixa de fazer para nos ajudar a entender o que realmente se passou para formação do nosso universo não tem importância alguma.

    JWST é um projecto com a finalidade de colocar no espaço um observatório para captar a radiação infravermelha. O telescópio deverá observar a formação das primeiras galáxias e estrelas, estudar a evolução das galáxias, ver a produção dos elementos pelas estrelas e ver os processos de formação das estrelas e dos planetas. A missão primária do JWST será a de examinar a radiação infravermelha resultante da grande explosão (Big Bang) e realizar observações sobre a infância do Universo.

    Respondendo ao André:
    Por exemplo para a procura de vida em Marte, a NASA usou algumas sondas, como por exemplo a 'Phoenix Mars Lander', 'Exomars', …
    Para a procura de respostas para a origem do universo tens este exemplo do telescópio, o exemplo da simulação dos primeiros momentos do universo feita pelo CERN, …

    A minha pergunta:
    Pelo que pesquisei, o Hubble teve uma avaria. Se o novo aparelho tiver alguma avaria como é que o arranjam?
    A minha pista é igual a do Luís… (wi…dia)

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  7. Completando o comentário relativamente à notícia colocada pela Carolina e respondendo à sua questão:

    Este novo telescópio James Webb (nome dado em homenagem a um antigo administrador da NASA) tem levantado muita especulação relativamente ao que mesmo poderá nos oferecer quando começar, efectivamente, a funcionar, dentro de alguns anos (data prevista 2014). Há quem refira mesmo: “como podemos comunicar as grandes promessas científicas do Webb quando nós nunca vimos o que ele com certeza irá nos mostrar”?
    No entanto, o que o AVL (Advanced Visualization Laboratory) tem feito pelo projecto Webb é, verdadeiramente, espectacular e inspirador. Inserido no National Center for Supercomputing Applications (NCSA) tomou essa missão como um projecto interessante na sua carreira - localizado na University of Illinois em Urbana-Champaign. O NCSA possui enormes recursos computacionais que podem ser usados por pesquisadores para tentar simular os processos naturais que ocorrem tanto nas maiores como nas menores escalas conhecidas, desde a evolução de todo o universo até o movimento de moléculas de proteína na parede de células.
    Apesar do muito que já se prevê que o Webb venha a oferecer é ainda uma incógnita a abrangência que poderá ter sendo que, desde já, só, pelo facto de estar a ser construído em muito já contribuiu para o desenvolvimento científico na área.
    “Isso realmente desperta nosso apetite pela ciência que nós faremos quando o telescópio começar a funcionar dentro de alguns anos” - Jonathan Gardner, projectista sénior do Webb que trabalha no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Md..
    E é esta constante curiosidade por algo, supostamente, tão pouco conhecido e não relevante no nosso dia-a-dia, que nos pode vir a dar informações tão importantes sobre o passado do universo!... :)

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  8. O uso do espectómetro no espaço é de extrema importância no estudo e compreensão da composição de estrelas, galáxias e buracos negros, bem como na sua origem, evolução e formação. Após ler esta notícia fiquei com dúvida no que seria um espectómetro NIRSpec. Pelo que pesquisei, consegui inferir que se trata de um espectómetro de grandes dimensões desenvolvido pela Universidade do Havai. Está acoplado a um telescópio e tem a função de captar a luz de várias galáxias, pelo que poderá estudar cerca de 100 corpos celestes ao mesmo tempo! O seu funcionamento baseia-se na existência de muitas células tão espessas como um cabelo humano que abrem e fecham, analisando uma porção ínfima do Universo. Os resultados obtidos serão posteriormente analisados na Terra e a presença de certos elementos poderá fornecer pistas sobre o Big Bang. NIRSpec significa Near Infrared Spectrograph, ou “Espectómetro quase infravermelho”, dado captar os comprimentos de onda infravermelhos.
    Respondendo à Carolina, penso que, apesar de ser irrelevante no dia-a-dia, julgo que seria um passo gigantesco no que toca à compreensão do Universo e os seus fenómenos inerentes. O princípio poderia ser usado para gerar vida ou até mesmo energia (em menor escala do que o Big Bang, é claro). Explicaria muitas situações supostamente inexplicáveis do dia-a-dia. Sinceramente, julgo que ainda nos falta muito tempo e muitos avanços para explicar este grande mistério de “como tudo surgiu”.
    Respondendo à Ana Rita, no caso de o JWST tiver uma avaria mais séria ou necessitar de trocar de equipamentos é preciso uma missão de serviço. Consiste em enviar astronautas para consertarem a falha em questão. Estas reparações poderão consistir, neste caso, em reparar painéis solares, calibrar as lentes ou melhorar os processadores. O problema tem de ser resolvido no local, sendo necessário mandar astronautas ao espaço para o resolver.
    A minha pergunta para o próximo é: “ Quem foi James Webb e porque motivo o seu nome foi dado a um telescópio espacial?”. Pista: comentário da Catarina, mas quero mais informação!

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  9. A verdade, para mim, está mais dentro do “pouco conhecido ou do irrelevante” do que daquilo que nós estamos habituados a ver diariamente. Ainda para mais quando se trata da pesquisa do passado do universo, que é quilo que mais dista do nosso dia-a-dia. Só a partir do estudo do desconhecido e do pouco visível é que podemos ir mais longe do que “a condição humana” nos permite. Mais uma vez, a ciência teve de sonhar mais alto e entrar na dimensão do desconhecido e longínquo passado do universo. Mais uma vez o “uniformitarismo” e a tecnologia estão de mãos dadas para resolver este “insolúvel” (Big Bang).
    Esta manhã estive a ver o filme Rocky Balboa (isto parece não ter nada haver, mas tem!) e lá aparece uma grande frase, que nos diz algo assim “Não são os murros que damos, aqueles que nos fazem continuar, mas sim aqueles que levamos”. Em analogia, os cientistas continuam a levar murros do BigBang e é isto que os faz continuar, que os faz querer mais e que no fim lhes vai da a maior sensação de satisfação do mundo.
    Respondendo ao Tiago, James Edwin Webb foi um militar, administrador público e político dos Estados Unidos da América. Foi também o segundo administrador da NASA. Assim este novo telescópio chama-se James Webb, como homenagem a este administrador da NASA. “Webb foi o responsável por ter feito com que a agência passasse a fazer ciência”, disse Gardner.

    Pergunta: Porquê que “James Webb foi o responsável por ter feito com que a agência passasse a fazer ciência”?
    Dica: Biografia do senhor, podem ver por aqui ou pesquisar mais (http://history.nasa.gov/Biographies/webb.html)

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  10. Tudo neste mundo é feito de modo a alcançar algo novo e os cientistas são incansáveis porque realmente estão constantemente a procurar respostas de modo a promover melhores condições de vida às gerações futuras e também, obviamente, com o intuito de alargar conhecimentos que possuímos. Eu acho que nem sequer tenho noção do quanto custará um projecto destes porque se repararem, para haver a construção de uma cópia do espectrómetro que irá ser enviado para o espaço, foi necessária a intervenção de 25 empresas. Deve ser realmente um verdadeiro desafio, e o que me espanta é a dimensão de tudo porque basta haver um pequeno erro para comprometer toda a investigação para que andaram anos a trabalhar e por isso admiro e respeito bastantes os cientistas envolvidos neste projecto. Quanto à pergunta feita pela Carolina, eu tenho de concordar com a Ana Rita quando fala do desinteresse da população mas tenho que dizer que não somos adivinhos e que para termos algum conhecimento nesta matéria é necessário que seja divulgado e maior parte das vezes, a empresa da NASA prefere não divulgar muito os novos estudos e recentes investimentos devido a diversos factos mas principalmente a ataques terroristas, e obviamente não pode haver o comprometimento de tanto milhões envolvidos num projecto destas dimensão e também se repararem não nos dizem, na noticia, onde se encontra o espectrómetro. Este projecto vai fornecer bastantes informações sobro o passado do universo porque este telescópio, que é um projecto de uma missão não tripulada, irá observar a formação de galáxias e de estrelas, estudar a evolução das primeiras, ver a produção dos elementos pelas estrelas e ver também os processos de formação das estrelas e dos planetas. A missão deste telescópio é a examinação de radiação infravermelha resultante do Big Bang e fazer observações sobre a infância do Universo.

    Para responder ao Vasco, penso que esta afirmação se deve ao facto de ter sido após ter aceite o cargo de administrador da NASA que se iniciaram as grandes descobertas. A principal foi quando foi realizada um dos mais impressionantes projectos da história que foi o desembarque na Lua através da execução do projecto Apollo. E foi graças a James Webb que, através dos seus conhecimentos políticos, também foram surgindo contínuos apoios políticos e financeiro de modo a haver recursos para realizar o desembarque na Lua.

    A minha questão para o próximo comentador é acerca outros telescópios que são propriedade da NASA mais propriamente Constellation-X, GLAST e INTEGRAL mas queria que se concentrassem nas diferentes radiações estudadas pelos vários telescópios espaciais relativamente à do James Webb. Uma pista é a mesma que já muitos utilizaram nos últimos comentários e é wik……….

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  11. Boa tarde! Antes de mais gostaria de expressar o meu fascínio por tudo o que envolve a pesquisa espacial e dizer-vos que penso várias vezes no que estará para além do que conhecemos! A ideia de que o espaço é infinito não me basta porque infinito é um termo tão abstracto que perante a minha pequenez não sei como o idealizar. Relativamente à pergunta acho que é bastante pertinente. Para mim o centro da questão é mesmo o facto de nós acharmos que estes acontecimentos são irrelevantes para a nossa vida. Até podem não ter um impacto imediato, mas é através de muitas pesquisas desta natureza, de “fora para dentro”, que tivemos grandes avanços científicos. Contudo, infelizmente a verdade é que uma capa de jornal que contivesse esta notícia não venderia nem metade do que vende uma troca de insultos entre figuras de suposto destaque! Lembro-me de ter visto uma notícia incrível que partilhei convosco na aula, que veio pôr em causa todas as teorias explicativas do Big Bang, pois fiquem sabendo que essa notícia vinha encolhida num cantinho no meio do jornal!
    O desinteresse até pode ser partilhado por uma generalidade de pessoas, felizmente temos o orgulho de não pertencer a este grupo, e o nosso blog é a prova viva disto mesmo! Fiquei ainda mais contente quando soube que a Agencia Espacial Europeia está envolvida neste projecto e descobri que a 7 de Dezembro de 2010 Portugal comemorou a adesão à ESA!! Portugal participa em todos os principais programas da ESA e na cerimónia de abertura o Director Geral da ESA, Jean-Jacques Dordain, notou que “estes dez anos de participação portuguesa na ESA têm sido uma cooperação fantástica e uma verdadeira história de sucesso. Não só Portugal atingiu praticamente os 100% em termos de retorno industrial nos programas da ESA, como o país conseguiu também alavancar este investimento, através da criação de novas oportunidades de mercado, além das actividades com a Agência.”
    Para além dos grandes projectos que Portugal tem desenvolvido e que me deixam petrificada, esta noticia tem em mim o mesmo efeito. Por várias razões. Primeiro porque simboliza a união de varias nações com um objectivo comum e não a tentativa de imposição de cada uma individualmente. Depois pelo facto de, num prazo relativamente curto haverem evoluções tão significativas em termos de materiais e técnicas. Por último pelos cuidados e tecnologia de ponta que um projecto desta envergadura acarreta – 100 galáxias simultaneamente, precisão máxima, 6,5metros, 5mil quilos, -238°C!!!! FANTÁSTICO
    Relativamente à pergunta da kika:
    O INTEGRAL é o mais sensível detector de raios gama já lançado. Também foi um sucesso em detectar evidências de buracos negros. O Glast é um telescópio espacial de raios gama. Ele estudará fenómenos astrofísicos e cosmológicos nos núcleos das galáxias, pulsars, e outras fontes de alta energia, e também matéria escura, ou seja, destina-se a explorar a energia do Universo. O Constellation-X destina-se à captação de raios-x para a astrofísica, pois consegue ver muito bem buracos negros super massivos e em consequência disso faz filmes da órbita dos buracos negros. O James destina-se à captar radiação infra-vermelha!
    Para o próximo comentador deixo a seguinte pergunta: quais as principais diferenças entre o James e o Hubble? Principalmente em termos de visibilidade. Pista: site da NASA (James Vs Bubble).Bom trabalho. Bárbara

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  12. P.s.: o site da NASA está ESPETACULAR! nao deixe de o visitar. percebe-se muito melhor através dos videos e imagens. Bá

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  13. A kika chamou-me à atenção para o facto de a minha pergunta nao estar explicita, isto é, quase igual a do pedro. mas eu queria algo mais específico, por isso falei no site da NASA que está bestial. Sónia fala mais da visibilidade e tamanho que são os pontos nao tao aprofundados e super contrastantes. desculpem!!!

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  14. Para completar o meu comentário gostaria de vos dar a conhecer a equipa que está a trabalhar neste telescópio. Neste projecto estão envolvidos 17 países e cerca de 1000 pessoas. Se estiverem interessados em ver como é o telescópio JWST em escala real, no Goddard Space Flight Center em Greenbelt, Maryland, consultem o seguinte link: http://www.jwst.nasa.gov/people.html

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  15. Admitamo-lo: a ciência é das menores preocupações da sociedade. Pelo menos ciência sem consequências imediatas no quotidiano das pessoas. Um novo satélite a flutuar no espaço não curará a SIDA, não impedirá a morte de milhares de pessoas às mãos do cancro, nem acabará com a pobreza e a fome no mundo. É compreensível que notícias como esta não sejam tão divulgadas como a evolução da nossa economia, ou a crise política do Egito. Mas isso não quer dizer que não seja importante. Pessoas como nós, afortunadas o suficiente para vivermos num país desenvolvido e com condições económicas, sociais e políticas razoavelmente estáveis (por muito que não pareçam) têm o privilégio de poder dar a devida importância a avanços científicos como este, apenas pelo prazer de saber mais.
    Tal como o Vasco disse “Não são os murros que damos, aqueles que nos fazem continuar, mas sim aqueles que levamos”. Continuaremos a levar muitos murros pela vida fora, mas sempre que pudermos retaliar devemo-lo fazer, e foi por isso que criámos este blog.
    Respondendo agora à questão da Bárbara, desde o Big Bang as galáxias começaram a afastar-se, portanto, as mais distantes são as que se formaram primeiro. Estas emitem radiações na área infravermelha, e as mais recentes na região ultravioleta. O telescópio Hubble, como só permitia analisar a região visível e ultravioleta, só analisava uma parte mais recente da História do Universo. Deste modo, o James, podendo analisar a região infravermelha permite-nos estudar uma fase mais antiga da nossa história, o berço do Universo. O facto de o Webb ter um maior espelho que o Hubble permite-lhe analisar estas radiações. A outra grande diferença é que o Hubble orbita a Terra e o James não o fará, mantendo-se numa posição constante relativamente à Terra e ao Sol, mas mais distante da Terra que o Hubble.
    Desde o Big Bang as galáxias começaram a afastar-se , portanto, as mais distantes são as que se formaram primeiro. Estas emitem radiações na área infravermelha, e as mais recentences na região ultravioleta. O telescópio Hubble, como só permitia analisar a região visível e ultravioleta, só analisava uma parte mais recente da História do Universo. Deste modo, o James, podendo analisar a região infravermelha permite-nos estudar uma fase mais inicial da nossa história.

    Naveguei pelo site da NASA como a Bárbara sugeriu, e descobri que houve uma equipa particularmente importante na transformação deste projecto, em algo simples escrito no papel, para algo mais perceptível pelo mundo, o Advanced Visualization Laboratory (AVL). Gostaria que o próximo comentador pesquisasse sobre esta equipa e o seu trabalho com a NASA no JWST.

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