Cientistas chineses produziram um novo catalisador a partir de um composto químico extraído da carapaça de camarões que torna o processo de produção de biodiesel mais rápido, mais barato e menos danoso ao meio ambiente.
Xinsheng Zheng e os seus colegas afirmaram que as preocupações mundiais com o aquecimento global estão a levar as pessoas a colocarem as suas esperanças nos biocombustíveis. Contudo, os avanços não serão tão grandes quanto o esperado, dizem eles, se a produção dos combustíveis renováveis continuar a exigir os catalisadores hoje utilizados para transformar soja, canola e outros grãos em biodiesel.
Os catalisadores tradicionais não podem ser reutilizados e devem ser neutralizados, o que é feito com grandes quantidades de água. O resultado é o desperdício de outro recurso escasso, a água, que é devolvida poluída ao meio ambiente.
Xinsheng Zheng e os seus colegas afirmaram que as preocupações mundiais com o aquecimento global estão a levar as pessoas a colocarem as suas esperanças nos biocombustíveis. Contudo, os avanços não serão tão grandes quanto o esperado, dizem eles, se a produção dos combustíveis renováveis continuar a exigir os catalisadores hoje utilizados para transformar soja, canola e outros grãos em biodiesel.
Os catalisadores tradicionais não podem ser reutilizados e devem ser neutralizados, o que é feito com grandes quantidades de água. O resultado é o desperdício de outro recurso escasso, a água, que é devolvida poluída ao meio ambiente.
Camarão com canola
(Canola- um óleo que deve conter menos de 2% de ácido erúcico e cada grama de componente sólido da semente seco ao ar deve apresentar o máximo de 30 micromoles de glucosinolatos).
Eles acreditam ter encontrado uma solução para o problema na carapaça do camarão. Mais especificamente, na quitina, o principal componente da carapaça dos artrópodes.
Num processo de três etapas, os pesquisadores chineses descrevem como a quitina pode ser transformada em sacarídeos por meio da sua carbonização parcial e posterior ativação. Nos testes em laboratório, o novo catalisador de camarão converteu óleo de canola em biodiesel de forma mais eficiente e mais rápida do que um catalisador convencional - 89% de conversão em três horas.
O novo catalisador, do tipo heterogéneo, também pode ser reutilizado depois de separado do rejeito por filtração, minimizando os resíduos e a poluição gerada na produção do biodiesel.
Talvez no futuro as pessoas possam chegar a um posto de gasolina e pedir um biodiesel com um toque de camarão, o que acham?
Por André Bernardes
Claro! já agora como só precisam da carapaça até se comia um camarão frito xD. Falando a sério acho que a quitina poderá vir a ter um futuro importante para a produção de biodisel mas mesmo assim penso que esta não é a maneira mais viável para obter um catalisador. Com o tempo acho que seremos capaazes de produzir os tais sacarídeos retirados da quitina sem ser necessário a produção e destruição desta espécie.
ResponderEliminarFui pesquisar um pouco à cerca da produção do Biodisel, mais concretamente da planta canola e descobri não só o seu aspeto mas também a origem do seu nome. Canola é uma junção de palavras que significa Canadian Oil. Foi produzida por canadianos nos anos 70´s. As suas sementes contêm 40% de oleo baico em gorduras saturas sendo otimo para o consumo humano, para além claro da produção de biodisel.
Para verem mais informações e imagens copiem o URL:http://www.mcgacanola.org/documents/Canola_Glossy.pdf
Que notícia tão gira! Mal nós sabíamos que o camarão tinha tantas potencialidades.
ResponderEliminarA história dos biocombustíveis é bastante complicada; apesar de ser uma alternativa aos combustíveis fósseis, essencialmente ao petróleo, há estudos feitos nesta área que condenam estes biocombustíveis. Vi um estudo feito pela Universidade de Coimbra que diz que a quantidade de água gasta na produção e crescimento do cereal necessária para produzir uma quantidade mínima de biodiesel é uma coisa do outro mundo!
Acho que, nem com um catalisador, vamos conseguir safar-nos de procurar novas alternativas...
Achei bastante caricata e deveras inovadora esta invenção, mas de facto desconfio da viabilidade deste catalisador camarão. Acho igualmente que daqui a uns tempos aparece em manchete de um jornal dizendo que já se conseguem sintetizar os sacarídeos usados nesta catalise.
ResponderEliminarConcordo inteiramente com a stora, acho que os combustíveis fosseis estão completamente condenados, pois a partir da análise das vantagens e desvantagens (http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiesel) deste combustível renovável, chego á conclusão de que se torna deveras prejudicial para o mundo, pois apesar das políticas de descentralização (espalhar as pessoas no campo e cidade) serem muito bonitas e até animadoras, acho que se for necessário produzir o biodiesel em massa vamos estar a destruir várias florestas tropicais, e consequentemente a diminuir a biodiversidade. A verdade é que voltamos ao mesmo e o que vejo é que tudo o que o homem resolver explorar em massa vai acabar por causar desequilíbrios excessivos e comprometer o resto do planeta. Assim, esperam-nos anos de pesquisa intensiva para descobrirmos finalmente algo de viável para manter o nosso planeta a andar.
É bem verdade, que na produção de biodiesel é gasta uma enorme quantidade de água, o que mais uma vez nos leva ao mesmo ponto; “Melhoramos de um lado mas pioramos do outro”.
Meus caros, cabe-nos a nós pensar e elaborar o futuro!
Boa noite caros químicos. Deveras uma notícia interessante e curiosa. Contudo, tal como já foi referido, não me parece que esta solução seja viável na medida em que estaríamos a contribuir para a destruição de uma espécie (e de muitas outras, consequentemente) para a obtenção de uma matéria-prima o que, do ponto vista moral, não me parece bastante acertado.
ResponderEliminarUma vez que já falaram sobre o lado negativo do biodiesel, vou falar um pouco do seu lado positivo.
O biodiesel é um óptimo lubrificante e pode aumentar a vida útil do motor. Para além disso, tem um risco de explosão baixo, necessitando de uma fonte de calor acima dos 150 graus para explodir.
O biodiesel é ainda usado puro nos motores, aceitando contudo qualquer percentual mistura com o diesel, pois é um produto miscível. A sua utilização não requer adaptações no motor.
Ainda melhora a ignição do motor bem como reduz o desgaste a que este está sujeito.
Apesar disso, também pesquisei atentamente os aspectos negativos e não me pareça que seja "a alternativa". No entanto, já é um começo ?
Uma das desvantagens, na minha opinião, desta descoberta é que as espécies de camarões vão estar em perigo… Vai haver uma maior exploração de camarões para a produção de catalisadores e daqui a uns anos apenas vai haver camarão em viveiro.
ResponderEliminarFui pesquisar um pouco mais sobre o óleo de Canola e descobri que não é utilizado apenas na produção de biodiesel… Também é utilizado para outros fins: cosmética, farmacêutica, ração animal, entre outros.
É bom, também, para a saúde humana, uma vez que é rico em gorduras insaturadas que ajudam a equilibrar o colesterol e apresenta baixo índice de gorduras saturadas que são consideradas as maiores inimigas do coração.
Trata-se de uma notícia muito interessante! Ao ler esta notícia, a principal desvantagem que se destacou foi o facto de ser necessário a extracção das carapaças, o que implica que o animal tenha de estar morto. Pesquisei e cheguei à conclusão de que estes animais podem viver em água doce e salgada e que estão entre as principais espécies criadas em aquacultura. Como são considerados praga em certas regiões e como a sua população pode ser controlada em aquacultura, não há grandes desiquilíbrios no ambiente, pelo contrário, a praga consegue ser controlada.
ResponderEliminarPesquisei igualmente sobre a quitina (C8H13O5N) e concluí que ela não está só presente em insectos, como também em cogumelos, bicos de aves e em conchas. Foi isolada em 1843 e espera-se que venha a substituír os plásticos, dado ser biodegradável e ser uma alternativa mais económica. O grande problema é que a quitina ainda não foi sintetizada a uma escala industrial, apenas em pequenas quantidades, em laboratórios.
Penso que ainda temos um grande caminho pela frente para encontrar a fonte de energia “perfeita” (ecológica, económica e acessível). Só os avanços científicos ou estudos mais aprofundados permitirão a sua descoberta.
O mais importante da notícia é o investimento e o empenho da ciência na descoberta de energias alternativas e renováveis mesmo que não seja a melhor opção... A maior parte de toda a energia consumida no mundo provém do petróleo, do carvão e do gás natural. O petróleo fornece os principais combustíveis utilizados, por exemplo, nos veículos automóveis (gasolina e diesel). Entretanto , o crescente uso de combustíveis de petróleo tem tornado cada vez mais limitada a sua obtenção, pois trata-se de uma fonte não renovável e com previsão de esgotamento no futuro. Para além deste facto, outra desvantagem em relação ao seu uso dos derivados do petróleo, é o impacto ambiental deste combustível (aquecimento global e chuva ácida). Outras alternativas têm sido, portanto, propostas para substituir estes combustíveis como é o caso da presente notícia. A sua importância provém do facto de apresentar menor impacto ambiental. Pode-se citar como biocombustíveis o álcool, o bio-óleo e o biodiesel. O biodiesel surge como uma alternativa ao diesel de petróleo. É obtido de fontes naturais e renováveis como de óleos vegetais.
ResponderEliminarA quitosana é um biopolímero utilizado em diversas áreas devido às suas propriedades e características específicas. É obtida da quitina que é um polissacarídeo natural. A quitina é sintetizada por um número enorme de organismos vivos e é encontrada, principalmente, no exoesqueleto de crustáceos como camarão, caranguejo e lagosta.
Estudos tem demonstrado que se torna viável a utilização da quitosana acidificada como catalisador na transesterificação por apresentar boa actividade, pela possibilidade de reciclagem e reuso, por se tratar de um composto de baixo custo e pelos benefícios ambientais.
Que outros estudos, na área, sejam levados a cabo pois o mundo precisa… nós precisamos!
Esta notícia é mesmo gira! Bem eu fui pesquisar e realmente o uso de biodisel pode trazer muitas vantagens para a sociedade. O uso deste combustível gera novos empregos no sector primário mas, no entanto, a emissão de CO2 não é neutra contudo é sempre muito menor que a emissão do petróleo. Eu não sei como se foram lembrar de usar as carapaças do camarão mas realmente estes cientistas chineses têm sempre bastante imaginação! Eu descobri uma curiosidade muito interessante a qual eu não sabia existir, encontrei uma informação onde nos dizem que na Europa, devido à Obrigação de Combustível Renovável de Transporte os fornecedores são obrigados a incluir cerca de 5% de biodisel em todos os combustíveis para transportes.
ResponderEliminarJá que estamos numa onde de ideias engraçadas para o futuro eu vi uma notícia onde se falava de um estudante brasileiro que conseguiu mover um carro a frango (a gordura de frango é transformada em biocombustivel), mas o carro, onde foi experimentado este combustível, já ficou sem uma porta porque um cachorro a roeu devido ao cheiro comestível e a filha do inventor diz que o carro cheira a coxa de frango.
Isto é mesmo importante para a sustentabilidade da Terra e é bom ver que existe alguém sempre interessado em desenvolver novas ideias muito menos ou nada poluentes e que tenha as mesmas aplicações que os combustíveis fosseis como o petróleo. Realmente todos gostamos muito de viver confortavelmente rodeados de toda a ultima tecnologia mas devíamos pensar nas repercussões que esse uso excessivo tem no ambiente!
Hello a todos. “Biodiesel com um toque de camarão é ambientalmente mais chique” é uma notícia giríssima! Efectivamente a terra como fonte de vida e a vida enquanto geradora da própria vida! É fantástico o que se descobre diariamente… apesar deste meu espanto não considero que esta seja uma solução economicamente rentável e muito menos ecologicamente responsável. Seria surreal se agora tivéssemos a extinção destes animais que se alimentam de microrganismos e permitem a manutenção e limpeza do ambiente onde vivem. As águas ficariam infestadas e a cadeia alimentar completamente danificada, já para não falar no facto de não podermos comer o belo do camarão grelhado. XD olha André um não acho que moralmente se deva aderir a esta ideia e como tal espero não pedir que me ponham camarão no carro mas até era giro se pudéssemos ter biodiesel a cores, tipo cor de rosa, amarelo, às flores… XD e se o carros fossem transparentes e se visse a gasolina? Isso é que era!!! Fica a sugestão!
ResponderEliminarPara nos podermos inteirar do assunto acho importante diferenciarmos biocombustíveis e biodiesel. Os primeiros são combustíveis de origem biológica não fóssil enquanto que biodiesel é um tipo de biocombustivel produzido a partir de óleos vegetais ou animais, especificamente, com qualidade de combustível para motores diesel. Ou seja, biocombustíveis são fontes de energia renováveis, derivados de matérias agrícolas como plantas oleaginosas, biomassa florestal, cana-de-açúcar e outras matérias orgânicas. Os principais biocombustiveis são: a biomassa, o bioetanol, o biodiesel e o biogás. A biomassa é uma fonte de energia limpa e renovável disponível em grande abundância e derivada de materiais orgânicos. Todos os organismos capazes de realizar fotossíntese (ou derivados deles) podem ser utilizados como biomassa. O biodiesel é derivado de lipídios orgânicos renováveis, como óleos vegetais e gorduras animais.
Com a esperança de que a noticia não chegue aos camarões e que os pobres coitados não naveguem nos nossos carros… Bárbara Leal
Quem diria que o futuro dos camarões era serem biodiesel! Devo dizer que os aprecio muito mais se estiverem no meu prato, mas é sempre bom dar novos usos àquilo que nos rodeia. Tal como o Tiago disse, não acho que o seu futuro enquanto espécie esteja seriamente ameaçado com esta descoberta. É certamente mais barato criar camarões em viveiro do que pescá-lo do mar. Além de que, sendo o camarão um constituinte de grande parte do zooplâncton, seria irresponsável abusar da sua captura. O camarão está na base da cadeia alimentar oceânica.
ResponderEliminarNo entanto acredito que, sendo já possível criar quitina em laboratório, irá, com mais alguma pesquisa, ser produzida industrialmente, embora não para uso na produção de biocombustíveis, mas sim como substituto do plástico, pois os plásticos têm uma meia-vida muito longa (acima de 300 anos), ao contrário da quitina que é biodegradável, e na construção civil como material extremamente resistente à pressão.
Espero que nós, humanos, consigamos desenvolver alternativas mais viáveis ao petróleo, o biodiesel não é certamente o ideal, como já foi referido por várias pessoas, pode ser ainda mais poluente que o petróleo. Mas é esta capacidade de nos superarmos que nos distingue de todo o reino animal, e é graças a esta capacidade que vivemos como vivemos hoje, de um modo completamente diferente daquele como começámos, nada mais que animais da selva, lutando pela sobrevivência, desenvolvendo as nossas potencialidades a um nível nunca antes visto neste planeta, descobrindo o que nos rodeia a um nível muito mais profundo do que pensávamos ser possível. E com esta vontade de saber e de querer mais, caminhamos rumo a um futuro sustentável. Podemos cair muitas vezes pelo caminho, mas um dia chegaremos lá. Cabe-nos a nós, químicos do agora, dar mais um passo rumo a uma coexistência pacífica com a Natureza.
Achei esta notícia muito interessante. A tecnologia é capaz de avançar de maneiras que nós nunca pensaríamos. Quem diria que seria possível obter biodiesel através de camarões?
ResponderEliminarPorém, e como já foi antes dito, a grande desvantagem é a possível redução brusca da população dos camarões, visto que para os utilizar para formar o catalisador é preciso matá-los. Isto poderá também criar um desequilíbrio nos ecossistemas e levar-nos a problemas mais graves e complexos. Contudo, não deixo de pensar que é sempre importante a descoberta de novas alternativas.
Enquanto pesquisava mais sobre o assunto, descobri que todos os biocombustíveis utilizados actualmente promovem a destruição da natureza, directa ou indirectamente. Por exemplo, a floresta Amazónia, que dá lugar a cultivos destinados à produção de biocombustíveis, está a ser prejudicada e devastada em algumas zonas: foram desmatados cerca de 7.000 km2 da floresta brasileira unicamente nos últimos cinco meses de 2007.
Toda a evolução é essencial, mas primeiro, há que procurar perceber se as desvantagens não serão superiores às vantagens.