(notícia brasileira)
Uma das plataformas de pesquisa previstas no PNA (Plano Nacional de Agroenergia) é a plataforma do biodiesel. Tendo em vista que cerca de 50% da matriz de combustíveis veiculares nacional é composta por diesel, o biodiesel aparece nesse cenário como um combustível promissor, já que suas propriedades físicas e químicas são similares ao diesel convencional, permitindo o seu uso em misturas com o diesel em qualquer motor a diesel sem a necessidade de modificações no sistema de ignição ou no injetor de combustível.
No Brasil já existem dezenas de indústrias desse biocombustível em operação. A produção do biodiesel é principalmente realizada a partir da reação entre um óleo vegetal e um álcool. Para tornar isto possível, um catalisador é adicionado a fim de aumentar a velocidade da reação. Nos processos industriais utiliza-se um catalisador alcalino (hidróxido de sódio ou de potássio). No processo, além do biodiesel, é também formado o co-produto glicerol, que pode ser recuperado e tem amplas aplicações nas indústrias farmacêutica, alimentícia, cosmética e de plásticos.
A produção do biodiesel por catálise alcalina, entretanto, possui diversos problemas: o consumo de energia no processo é alto, a recuperação do glicerol produzido na reação é difícil e o catalisador alcalino solúvel precisa ser removido do produto. A necessidade de tratamento do efluente alcalino gerado e o alto consumo de água durante a lavagem nas etapas de purificação do biodiesel fazem com que o processo alcalino tenha um impacto significativo no meio ambiente. Além disso, se o óleo contiver pequenas quantidades de ácidos graxos livres há a formação de sabões, o que leva a uma redução no rendimento da reação, além de dificultar o processo de purificação.
Tendo em vista esses problemas, uma alternativa que vem sendo estudada é a utilização de enzimas como catalisadores para a produção de biodiesel. Enzimas são catalisadores biológicos (biocatalisadores) que podem ser produzidos por microrganismos e são biodegradáveis. A produção de biodiesel por via enzimática tem potencial para superar os problemas da catálise alcalina. Além de as enzimas serem biodegradáveis, não há a formação de sabões no processo, o glicerol pode ser facilmente recuperado sem tratamento complexo, o consumo de energia no processo é menor (a temperatura de reação é mais baixa), há uma drástica redução na quantidade de efluentes e, além disso, as enzimas podem ser recuperadas e reutilizadas.
A produção do biodiesel em escala industrial utilizando enzimas, no entanto, não tem sido adotada principalmente devido ao alto custo dos biocatalisadores. Por este motivo, encontrar processos que reduzam o custo do processo enzimático torna-se essencial. Uma das possibilidades é a reutilização do biocatalisador, o que pode ser possível através da fixação das enzimas em suportes sólidos. Outra alternativa seria utilizar resíduos agro-industriais para o cultivo de microrganismos para a produção de lipases. A aplicação destes resíduos fornece substratos alternativos de baixo custo e é economicamente interessante para países que são grandes produtores agrícolas, como o Brasil.
Assim, os estudos que vêm sendo realizados com o intuito de viabilizar a produção do biodiesel utilizando enzimas como catalisadores são promissores e podem levar à produção de um biodiesel ainda mais "verde".
Uma das plataformas de pesquisa previstas no PNA (Plano Nacional de Agroenergia) é a plataforma do biodiesel. Tendo em vista que cerca de 50% da matriz de combustíveis veiculares nacional é composta por diesel, o biodiesel aparece nesse cenário como um combustível promissor, já que suas propriedades físicas e químicas são similares ao diesel convencional, permitindo o seu uso em misturas com o diesel em qualquer motor a diesel sem a necessidade de modificações no sistema de ignição ou no injetor de combustível.
No Brasil já existem dezenas de indústrias desse biocombustível em operação. A produção do biodiesel é principalmente realizada a partir da reação entre um óleo vegetal e um álcool. Para tornar isto possível, um catalisador é adicionado a fim de aumentar a velocidade da reação. Nos processos industriais utiliza-se um catalisador alcalino (hidróxido de sódio ou de potássio). No processo, além do biodiesel, é também formado o co-produto glicerol, que pode ser recuperado e tem amplas aplicações nas indústrias farmacêutica, alimentícia, cosmética e de plásticos.
A produção do biodiesel por catálise alcalina, entretanto, possui diversos problemas: o consumo de energia no processo é alto, a recuperação do glicerol produzido na reação é difícil e o catalisador alcalino solúvel precisa ser removido do produto. A necessidade de tratamento do efluente alcalino gerado e o alto consumo de água durante a lavagem nas etapas de purificação do biodiesel fazem com que o processo alcalino tenha um impacto significativo no meio ambiente. Além disso, se o óleo contiver pequenas quantidades de ácidos graxos livres há a formação de sabões, o que leva a uma redução no rendimento da reação, além de dificultar o processo de purificação.
Tendo em vista esses problemas, uma alternativa que vem sendo estudada é a utilização de enzimas como catalisadores para a produção de biodiesel. Enzimas são catalisadores biológicos (biocatalisadores) que podem ser produzidos por microrganismos e são biodegradáveis. A produção de biodiesel por via enzimática tem potencial para superar os problemas da catálise alcalina. Além de as enzimas serem biodegradáveis, não há a formação de sabões no processo, o glicerol pode ser facilmente recuperado sem tratamento complexo, o consumo de energia no processo é menor (a temperatura de reação é mais baixa), há uma drástica redução na quantidade de efluentes e, além disso, as enzimas podem ser recuperadas e reutilizadas.
A produção do biodiesel em escala industrial utilizando enzimas, no entanto, não tem sido adotada principalmente devido ao alto custo dos biocatalisadores. Por este motivo, encontrar processos que reduzam o custo do processo enzimático torna-se essencial. Uma das possibilidades é a reutilização do biocatalisador, o que pode ser possível através da fixação das enzimas em suportes sólidos. Outra alternativa seria utilizar resíduos agro-industriais para o cultivo de microrganismos para a produção de lipases. A aplicação destes resíduos fornece substratos alternativos de baixo custo e é economicamente interessante para países que são grandes produtores agrícolas, como o Brasil.
Assim, os estudos que vêm sendo realizados com o intuito de viabilizar a produção do biodiesel utilizando enzimas como catalisadores são promissores e podem levar à produção de um biodiesel ainda mais "verde".
Postado por Bárbara Leal
Desculpem mas esqueci-me da pergunta e não sei po-la ali!
ResponderEliminarÉ então a seguinte: Até quando é que vamos andar a tentar solucionar os problemas constantes que criamos e será que alguma ves os conseguimos solucionar na realidade?
Bárbara Leal
André Bernardes:
ResponderEliminarRealmente também apoio a questão da mudança da catálise alcalina para uma catálise enzimática pelos inúmeros efeitos negativos que provoca no meio ambiente. Ora em tempo de crise gastam-se elevadas quantidades de energia para produzir o biodísel pela catálise alcalina e como se o nosso planeta não estivesse carente de água, ainda se usam extraordinárias quantidades deste bem essencial para a purificação do biodisel... Era preferivel que muitos dos países que estragam dinheiro investissem nestes biocatalisadores, em vez de o gastarem em mísseis, drogas, etc.
Andei a pesquisar sobre biocatalisadores e descobri uma série de propriedades que as enzimas apresentam.Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto.
As enzimas actuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações. São, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.
- São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação, transformando de 100 a 1000 moléculas de substrato em produto por minuto de reação.
- Actuam em concentrações muito baixas e em condições suaves de temperatura e pH.
- Possuem todas as características das proteínas. Podem ter sua atividade regulada. Estão quase sempre dentro da célula, e compartimentalizadas.
- As enzimas são muito específicas para os seus substratos. Esta especificidade pode ser relativa a apenas um substrato ou a vários substratos ao mesmo tempo.
No meu ponto de vista acho que é impossivel o homem parar de resolver os problemas existentes dado que nada é perfeito. O que o homem faz é aperfeiçoar as coisas, melhorá-las, mas mesmo assim essas coisas terão obviamente outros problemas por mais pequenos que sejam. Não podemos estar sempre a pensar que x ou y têm problemas, temos é de ser optimistas e pensar que iremos ultrapassá-los.
Até à próxima!
Bárbara gostei de tal modo da tua questão que irei começar por ela.
ResponderEliminarEstá na nossa natureza humana a sede do conhecimento. Somos seres racionais que constantemente pensamos e muitas vezes de uma maneira involuntária. Apesar disto nos permite evoluir nunca estamos satisfeitos e procuramos sempre maneiras diferentes de fazer determinada coisa, de forma a torná-la mais cómoda ou mais ecológica etc.. Assim sendo, constantemente criamos novos problemas e desafios para nós próprios solucionarmos, criando um ciclo que nos permite evoluir como pessoas e tornar a nossa vida muito melhor (ás vezes...).
Analisando a notícia.
Como vimos na última notícia o grande problema da produção do biodiesel é a utilização de água doce, que como bem sabemos é um bem escasso no nosso planeta. Deste modo, a catálise enzimática iria , tal como já referiam ambos, ajudar o nosso ambiente. Contudo não podemos pedir a um país em desenvolvimento que a execute sem qualquer apoio externo. Aqui se vê a força do dinheiro.
Acrescentando algo sobre a notícia
a uma certa altura da noticia vemos no 5º paragrafo a seguinte frase "Outra alternativa seria utilizar resíduos agro-industriais para o cultivo de microrganismos para a produção de lipases."
Surgiu me então a questão- O que são lipases?
Lipases são enzimas que catalisam a hidrólise de ligações ésteres de triglicerídeos liberando
mono-, di-glicerídeos, ácidos graxos e gliceróis. Uma interessante aplicação industrial de lipases
está na formulação de detergentes, para remoção de resíduos gordurosos com maior eficiência,
reduzindo o tempo e a temperatura de lavagem.
Exemplos desses microorganismos são os fungos "Aspergillus" e "Penicillium"
Ola a todos!
ResponderEliminarComeçando pela questão
Tal como o Pedro Paulo disse, sempre foi da Natureza do Homem procurar inovar, criar e descobrir. O que assistimos hoje no que toca aos combustíveis alternativos é no fundo uma tentativa do Homem tentar responder ao impacto ambiental que o seu bem-estar tem causado na Natureza. Contudo esta preocupação é algo recente e, para tal o Homem necessita de tempo para se adaptar e procurar situações alternativas mas INTELIGENTES e, sinceramente, se for para gastar grandes quantidades de água e continuar a poluir o ambiente , acho que esta ideia do biodiesel não se revela nada coerente uma vez que se o petróleo é agora o ouro da sociedade, a água será no futuro esse mesmo ouro. Deste modo acho que é só uma questão de tempo até o Homem encontrar uma solução alternativa que nao necessite de ser REMEDIADA. Resta só haver investimento por parte das entidades governamentais bem como a aceitação da população.
Relativamente à notícia
Acho que a utilização de enzimas biológicas é uma escolha bastante inteligente e resolve grande parte do problema inerente ao biodiesel, nomeadamente a poluição que advém do seu fabrico. Contudo, ainda perdura um outro grande problema, a quantidade de água utilizada continua a ser elevada o que, na minha opinião, faz esta alternativa aos combustíveis fósseis uma solução meramente temporária e não permanente.
Acrescentando algo novo à notícia:
Quando a Bárbara falou em óleos utilizados para o fabrico de Biodiesel decidi pesquisar que tipos de óleos podem ser utilizados para o seu fabrico.
Uma variedade de óleos podem ser usados para produzir biodiesel. Estes incluem:
- Óleo vegetal residual
- Gorduras animais incluindo banha de porco, graxa amarela, gordura de frango,[78] e os subprodutos da produção de ácidos graxos ômega-3 a partir de óleo de peixe.
- Algas
- Óleo de plantas halófitas tal como a Salicornia bigelovii, que podem ser cultivadas usando água salgada nas zonas costeiras onde as culturas convencionais não podem ser cultivadas, com rendimento igual ao rendimento de grãos de soja e outras oleaginosas cultivadas com irrigação de água doce.
Assim, matéria-prima não falta. Contudo, será que vale a pena...
Boa noite,
ResponderEliminarBárbara, a tua pergunta é de facto fenomenal. A verdade é que olhamos para ela e o que apetece é pensar.
Como tudo tem uma ordem, e tudo começa de um início, é daí que vou começar. O Homem, enquanto ser primitivo, não começou por satisfazer as suas necessidades racionais, mas sim as suas necessidades básicas e primárias. Assim, ao longo do desenrolar dos séculos, o Homem tem evoluído no sentido de satisfazer as suas necessidades e não no sentido de saciar a sua procura racional. O que se passava nos primórdios da Humanidade é a mesmíssima coisa do que se passa agora e ao longo de todo o friso cronológico. Ora o Homem cria a arma, ora cria a máquina, ora o biodiesel, tudo para evoluir e obter uma melhor qualidade de vida.
A Humanidade entra assim num ciclo vicioso de necessidade de evoluir, pois uma evolução cria um maior campo de visão e aproxima-nos cada vez mais do horizonte. O que faz com que novos problemas se levantem. E estes novos problemas levam o homem a evoluir e de novo a “chapar” a cara noutros.
Um ciclo como vemos!
Não digo, contudo, que o Homem não evolua por necessidade de saciar a sua mente. Isso para mim é ainda mais importante e é uma realidade inquestionável. Senão não existiria Arte e carros velozes.
Fui perceber um pouco mais acerca da reacção:
Processo de fabricação
O biodiesel é comummente produzido pela transesterificação de óleo vegetal ou gordura animal como matéria-prima. Existem vários métodos para realizar esta reação de transesterificação, incluindo o processo em batelada comum, os processos supercríticos, o uso de reactores compartimentados oscilatórios, os métodos de ultra-som, e até mesmo métodos com microondas.
A reação de transesterificação
O biodiesel é comumente produzido por meio de uma reação química denominada transesterificação. No caso específico para a reação abaixo, os triacilglicerois de origem animal, reagem com o metanol, na presença de um catalisador, produzindo glicerol (subproduto) e o éster metílico de ácido graxo (biodiesel, conhecido pelo acrônico em inglês FAME - fatty acid methyl ester). A reação de transesterificação pode ser catalisada por ácido ou base.
Achei a notícia interessante na medida em que, ao arranjar uma solução prática para combater a poluição, ao mesmo tempo, se consiga encontrar aplicações para os seus restantes produtos. Em primeiro lugar, e respondendo à questão da Bárbara, penso que, tal como não existem rendimentos de 100% em condições normais, é (quase) impossível encontrar soluções que venham a resolver problemas sem criar outros, por menores que sejam. Quer tentemos analisar todos os impactos que as soluções possam ter, é muito possível que estas criem outros problemas. Julgo que se trata de diminuir o grau do problema, tentar abafar e evitar ao máximo os efeitos nocivos que este provoca. A verdade é que o Mundo está a ficar sem petróleo. É urgente encontrar alternativas tais como o biodiesel. Porém, este não é a solução. Não irá resolver e suprimir todos os aspectos negativos criados pelo petróleo.
ResponderEliminarNo que respeita à notícia, penso que mostra um grande avanço, que poderá prometer um elevado grau de sucesso se for mais rentável. Pesquisei sobre um dos produtos resultantes na produção de biodiesel: o glicerol. Mais conhecido por glicerol, também pode ser chamado de propano-1,2,3-triol (já o podemos representar!) e é um composto orgânico presente em óleos e gorduras animais e vegetais. É chamado de glicerina quando a sua pureza ronda os 96%, nome comercial. É usado em:
- Alimentos e bebidas – solvente, produção de polímeros, humectante (mantém a superfície húmida).
- Medicamentos – pomadas, xaropes e cosméticos.
- Tabaco – usado nas folhas da planta do tabaco para não ficarem quebradiças.
- Indústria têxtil e do papel.
Para terminar gostaria de dizer que esta descoberta poderá vir a abrir portas para o futuro no que toca à substituição do petróleo como principal fonte energética. Ao se produzir não só biodiesel mas também glicerol, este processo promove a aplicação dos seus produtos em várias áreas mas apresenta um custo muito elevado. É necessário que este processo se torne viável para a sua aplicação global.
Esta notícia, aparece na sequência da anterior, e, conforme referi, na altura, investimentos e estudos deste género são fundamentais para que a ciência avance e encontre a melhor solução para os problemas com que a sociedade actual se depara mesmo que os mesmos aconteçam por responsabilidade do Homem, concerteza, na maioria dos casos!... Pois é bom saber que, apesar de tudo, o Homem ainda vai tentando ultrapassá-los e é dos pequenos nadas, dos constantes investimentos e estudos, da não desistência que conseguimos ter esperança no futuro. Eu quero ter essa esperança e acredito em todos nós!...
ResponderEliminarE este desenvolvimento da catálise alcalina para catálise enzimática na produção do biodiesel é um exemplo desta evolução científica na procura de mais uma solução alternativa às energias não renováveis!
Relativamente à notícia, pesquisei um pouco mais sobre a história do biodiesel e achei interessante que o facto do biodiesel ter sido descoberto, por acaso, em 1977, em Pacoti (Ceará – Brasil). Já lá vão mais de 30 anos… e, tudo começou de uma forma caricata:
“No fim de 1977, o engenheiro químico Expedito Parente, então com 37 anos, estava em seu sítio a 100 quilómetros ao sul de Fortaleza. Sob a sombra de um ingazeiro, bebericava uma cachaça quando teve uma ideia: extrair óleo de sementes, misturá-lo com álcool e, após algumas reacções químicas, obter um combustível – que se viria a chamar biodiesel. "Eu vi a molécula!", relembra ele, bem-humorado. Expedito Parente era professor da UFC. Em apenas uma semana de trabalho no laboratório, sua ideia já fazia funcionar um motor com óleo extraído da semente do algodão. Acabara de inventar um combustível vegetal, não poluente – justamente quando o mundo tentava se adaptar aos efeitos devastadores do choque do petróleo (BRITO, 2007).”
Assim, o Brasil foi o pioneiro em pesquisas sobre o biodiesel e continua a ser um importante país no desenvolvimento desta tecnologia.
São várias as alternativas de matéria-prima para a produção de biodiesel: óleos vegetais, onde se inclui uma grande variedade de culturas, como a soja, a colza (Brassica napus - espécie de couve comestível também conhecida como canola), o girassol, a mamona, o jatropha (conhecido também como pinhão roxo ou pinhão manso) e muitas outras culturas; gorduras animais e óleo de peixe; óleo residual, tanto proveniente da indústria alimentícia como de cozinha doméstica; e outras fontes alternativas ainda em desenvolvimento, como por exemplo, tratamento de esgoto com algas, a despolimerização térmica e a produção por processos enzimáticos.
Uma série de processos tecnológicos pode ser utilizada na obtenção deste produto, tais como o craqueamento, a esterificação ou a transesterificação. Contudo, o processo mais utilizado para obtenção do biodiesel, ainda, é pela transesterificação
Biodiesel é, assim, um biocombustível renovável, ou seja, combustível líquido e gasoso, para transportes, proveniente da biomassa.
O biodiesel como um combustível para motores a combustão interna com ignição por compressão, renovável e biodegradável, derivado de óleos vegetais ou de gorduras animais, que possa substituir parcial ou totalmente o óleo diesel de origem fóssil. Sob o aspecto químico, o biodiesel é um produto composto de ácidos graxos de cadeias longas as quais encontram-se ligadas a um álcool, sendo definido como éster monoalquílico de ácidos graxos derivados de lípideos de ocorrência natural…
O Biodiesel é, portanto, uma energia alternativa e verde que deveremos valorizar e se encontrarmos processos mais amigáveis melhor ainda… mas tudo é bem vindo para ajudar nesta luta sem fim!... A ciência pode ser lenta mas fundamental!...
Para esclarecer a definição de biodiesel, biodiesel consiste num combustível baseado em óleo vegetal ou gordura animal. É um combustível renovável e biodegradável.
ResponderEliminarAs fontes limitadas de combustíveis fósseis, o aumento do preço do petróleo e a crescente preocupação ambiental têm sido as principais razões para os investimentos em pesquisa na área de biocombustíveis.
Não é recente o interesse por parte do Brasil na produção de biocombustíveis. Grandes projetos datam da década de 1970, com a criação do Pró-Álcool e do Pró-Óleo (Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos).
O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e o Plano Nacional de Agroenergia (PNA) possuem, entre outros objetivos, o de assegurar o aumento da participação de energias renováveis na matriz energética nacional e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A produção do biodiesel pode cooperar com o desenvolvimento económico de diversas regiões do Brasil, uma vez que é possível explorar a melhor alternativa de matéria-prima, no caso fontes de óleos vegetais tais como óleo de amendoim, soja, mamona, dendê, girassol, algodão etc., dependendo da região.
Somos animais, e como tal procuramos satisfazer as nossas necessidades básicas e aumentar o conforto nas nossas vidas ao máximo. Isto, que nada mais é que um instinto inato, aliado à nossa racionalidade, torna-se numa ferramenta potentíssima. A nossa racionalidade exige o conhecimento, a busca de respostas. Queremos saber o porquê das coisas, como é que isto ou aquilo se formou e pode existir, em que condições é que tal é possível, etc. E uma vez feitas novas descobertas, abre-se perante os nossos olhos um universo de potencialidades para aplicações práticas na nossa vida destes novos conhecimentos. O problema está no facto de, citando o Tiago, não existirem rendimentos de 100% em condições normais, a nossa falibilidade não o permite. Novas soluções criam novos problemas com novas soluções. Tem sido assim durante séculos, e não vai deixar de o ser nos próximos. Cada vez mais as nossas decisões têm um impacto no mundo, e estamos num momento crucial, no culminar de todas as “asneiras” que temos vindo a fazer enquanto civilização. A Terra está frágil, e as próximas décadas definirão o seu futuro. Acredito que conseguiremos encontrar soluções para os problemas que nos afligem atualmente, e que a espécie humana não perecerá facilmente, com ou sem 2012. Temos de lutar para atingir um equilíbrio com a Natureza. Não será fácil, mas nós químicos do agora, iremos fazê-lo acontecer.
ResponderEliminarA solução descrita na notícia não será a ideal. Como já referiram anteriormente, o enorme gasto de água que é para já necessário a este processo não é comportável dado a importância que a água tem na nossa (e de todo o mundo) vida, e a escassez deste bem é cada vez maior. De qualquer maneira, esforços estão a ser feitos para encontrar uma solução, e enquanto não desistirmos de caminhar, continuamos a ter um destino.
Relativamente a informação nova, despertou-me a atenção uma questão que não tem tanto a ver com a química, mas mais com a economia portuguesa. Não podemos ser só nós a salvar o planeta, os dirigentes de cada país também têm de tomar uma posição firme na luta contra a poluição. Em Portugal é obrigatório, desde 2009, que seja incorporado no combustível pelo menos 6 por cento de biodiesel, e em 2010,
este número subiu para 10 por cento. Citando um diploma de estado, "foram adoptadas medidas legais e regulamentares com vista a promover a efectiva introdução no mercado de biocombustíveis e outros combustíveis renováveis nos transportes". Estão previstas "isenções, totais ou parciais, do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos para os biocombustíveis introduzidos no consumo". Não é muito, mas é um começo
Para responder à tua pergunta Bárbara, acho que nunca iremos fazer nada perfeito devido ao facto de nós mesmos somos seres imperfeitos. Acho que o facto de tentarmos solucionar problemas tem um lado positivo que é o de os humanos ao menos tentarem evoluir e penso que se a evolução, muitas vezes, não ajuda à preservação o que espero que mude e que encontremos “soluções amigas do ambiente”. E estes processos mais recentes requerem um investimento elevadíssimo e concordo plenamente com o André quando ele refere que alguns países deveriam investir melhor o dinheiro, mais concretamente neste tipo de catalisadores referidos na notícia.
ResponderEliminarJá referiram diversas informações acerca destes catalisadores nos comentários e por isso vou tentar falar de novas informações sem repetir o que já foi dito. As enzimas têm um papel bastante importante e central neste novo processo que está a ser desenvolvido no Brasil. Quem sabe se a solução foi encontrada! Diversos sites de protecção ambiental estão a divulgar esta notícia de origem brasileira para tentarem encontrar investidores que se preocupem com a preservação do ambiente e com a continuação da nossa existência de modo a estes participarem no progresso desta nova teoria.
Gostava de referir uma curiosidade que encontrei numa pesquisa onde nos dizem que é possível produzir biodiesel, que é um combustível não fóssil caracterizado pela formação de monoésteres alquílicos derivados da transesterificação de triglicerídeos, com subprodutos da indústria da carne como o sebo bovino. Este poderá ser utilizado como matéria-prima alternativa desde que esteja dentro dos limites máximos de acidez estabelecidos.
De facto, é muito vantajoso que a mudança da catálise alcalina para a catálise enzimática ocorra, visto que a primeira tem inúmeros efeitos negativos no nosso ambiente, anteriormente referidos na notícia.
ResponderEliminarQuanto à questão posta pela Bárbara, penso que tem toda a razão, na medida em que, apesar de sermos seres pensantes e descobridores natos, acabamos por nos inundar com cada vez mais invenções, que, por vezes, apenas servem para nos levar a ainda mais problemas e destruição (apesar de achar que não é este o caso). E como consequência desses dilemas, procuramos encontrar mais e melhores soluções, tornando esta demanda pela tecnologia um ciclo vicioso.
Logo quando comecei a ler a notícia apercebi-me de que nunca inha ouvido falar do PNA (Plano Nacional de Agroenergia), então decidi pesquisar um pouco mais sobre este projecto.
O Plano Nacional de Agroenergia pretende, a partir da análise do mundo real e das perspectivas futuras da matriz energética mundial, organizar uma proposta de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e de Transferência de Tecnologia. Deste modo, visa conferir sustentabilidade, competitividade e maior igualdade entre os agentes das cadeias de agroenergia, em conformidade com os anseios da sociedade, as demandas dos clientes e as políticas públicas das áreas energética, social, ambiental, agropecuária e de abastecimento.