segunda-feira, 23 de maio de 2011

Brasil joga fora 7% do gás natural que produz

Jogando fora

Em 2009, quando o gás natural começava a se destacar como importante insumo na matriz energética, o Brasil chegou a queimar mais de 13 milhões de metros cúbicos diários - volume suficiente para gerar cerca de 3 mil megawatts de energia térmica e abastecer uma cidade de aproximadamente 12 milhões de habitantes.

Em junho daquele ano, o país atingiria um recorde negativo: 13,3 milhões de metros cúbicos de gás natural queimados diariamente.

"Foi o pico de queima a que chegamos, com um índice de utilização de apenas 77% - ou seja, uma queima de quase 23% do gás produzido. A partir daí, concluímos que não era mais possível manter esse patamar", afirmou o superintendente adjunto de Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP), André Barbosa.

"Foi uma coisa gritante e que nos levou ao Programa de Redução de Queima de Gás Natural. Entendemos que os níveis da queima de gás no Brasil estavam muito elevados, em função principalmente de novas unidades de produção que entravam em operação".

Desperdício energético

A queima de gás em Fevereiro atingiu 4,8 milhões de metros cúbicos (m³) por dia, enquanto a produção ficou em torno de 62 milhões de m³ diários.

O volume queimado é suficiente para gerar cerca de mil megawatts (MW) de energia termelétrica e propiciar o abastecimento diário de uma cidade com 4 milhões de habitantes.

O volume queimado equivale ainda a mais de 10% do consumo médio do mercado verificado nos três primeiros meses do ano que, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), foi de 44,8 milhões de m³ por dia.

Equivale também a aproximadamente 15% do volume que o país importa diariamente da Bolívia e que varia entre 24 milhões e 31 milhões de m³ diários.

"Desperdício razoável"

Para a ANP, o ideal é que a queima de gás fique em apenas 3% do total produzido.

Segundo Barbosa, chegar a 3% de queima é um percentual ainda difícil de ser alcançado.

"Esse resultado de 3% seria o ideal, só que é preciso considerar que muitas das plataformas existentes no Brasil são antigas e quando foram concebidas não previam o aproveitamento do gás, porque o petróleo na época tinha um valor comercial muito maior. Então, esse percentual de 3% ainda vai demorar um pouco mais para ser alcançado", previu.

"Nós estamos com estimativa de chegar a 5% de perda em 2012 ou 2013, o que já seria um cenário bem razoável. Se em fevereiro nós já reduzimos a queima para 4,8 milhões de metros cúbicos por dia, se chegarmos em torno de 3,5 milhões a 4 milhões de metros cúbicos diários no próximo ano já será um cenário bem razoável pela quantidade de campos existentes no país".

Para Barbosa, depois de atingir a meta de 5% é que a ANP vai avaliar se será possível "apertar mais os níveis de queima para atingir esse patamar de 3% em 2014, 2015".

Recorde negativo

Foi a partir do recorde negativo de junho de 2009 que a ANP passou a adotar a política de exigir dos concessionários que eles empreendessem os postos para que o consumo de gás se desse dentro de padrões razoáveis. De acordo com Barbosa, o termo de compromisso com a redução da queima foi firmado com as empresas devido à necessidade de ajustar os programas e adaptar as plataformas à nova realidade.

"É claro que nós sabemos que a resposta não será tão imediata quanto gostaríamos que fosse. Na verdade, o que também estamos fazendo é intensificar a fiscalização, indo ao campo para acompanhar e comprovar de perto a revisão de compressores - que também reduzem o desperdício. No caso do descumprimento dos planos estabelecidos, aplicamos sanções - uma forma de pressão para que cheguemos à meta almejada".

O superintendente lembrou que hoje grande parte do gás é utilizada na geração de energia na própria plataforma, "o que por si só já reduz a necessidade de queima. Parte do gás pode ainda ser reinjetada no próprio campo para melhorar a recuperação e a produtividade do reservatório de óleo, enquanto outra parte fica disponível para o escoamento e a comercialização da produção", explicou.


Fonte: Inovação Tecnológica

Com a  crise  energética que se aproxima ainda se vê desperdícios deste bem precioso que é o gás natural.Uns com falta e outros com excessos. Será que não aceitamos a realidade de que isto não pode continuar assim.

sábado, 30 de abril de 2011

O protão encolheu!


Cientistas portugueses na capa da Nature
Um grupo de oito investigadores portugueses foi convidado a estar entre os melhores do mundo numa experiência que visava medir com precisão o raio do protão. O resultado final foi inesperado e promete abalar algumas certezas da física nuclear: afinal, o protão é mais pequeno do que se julgava.
"Quando descobrirmos como é constituído o núcleo dos átomos, teremos encontrado o maior segredo de todos, com excepção da vida. Teremos a base de tudo, da terra que pisamos, do ar que respiramos, da luz do Sol, do nosso corpo físico, de tudo no Mundo, por mais grandioso ou pequeno que seja.” Esta profecia foi atribuída ao neo-zelandês Ernest Rutherford, o pai da física nuclear. Não deixa de ser curioso que, quase cem anos depois de ela ter sido proferida, ainda resta muito por saber sobre uma das pedras basilares de toda a matéria – o núcleo do átomo.
A prová-lo está a recente revelação de que o protão, um dos elementos constituintes do núcleo atómico, a par do neutrão, pode ser mais pequeno do que está oficializado. A notícia foi capa daNature em Julho e teve o condão de fazer os teóricos da física nuclear saltar das suas cadeiras, pois isso significa que algumas das teorias, tidas como das mais precisas que actualmente existem, podem estar incompletas ou erradas em alguns pormenores.
A conclusão é fruto de um conjunto de experiências coordenadas e realizadas no Paul Scherrer Institute (PSI), em Villigen, na Suíça, e protagonizadas por uma equipa internacional de 32 investigadores. Entre eles contam-se oito portugueses (seis da Universidade de Coimbra e dois da Universidade de Aveiro), responsáveis pelo sistema de detecção de raios X que integra o equipamento experimental.
“Foi uma grande surpresa”, confessa Joa­quim Santos, coordenador do Centro de Instrumentação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a instituição que lidera as investigações a cargo dos portugueses. “O objectivo desta experiência era apenas o de melhorar, em dez vezes mais, a precisão com que era conhecido o raio do protão.”
De facto, o valor oficial para o raio do protão cifra-se, neste momento, nos 0,8768 fentómetros, sendo que cada fentómetro equivale a uns exíguos 0,000.000.000.000.001 metros. A ambição da equipa do PSI passava por acrescentar mais uma casa decimal ao valor em fentómetros.
Mas, como por vezes acontece, as grandes descobertas surgem quando menos se espera. Foi este o caso. Além de precisarem o valor com mais uma casa decimal, os investigadores ainda deram de caras com um novo tamanho: 0,84184 fentómetros para a distância do raio. Abusando de mais um valor incrivelmente diminuto, a revelação aponta para que o protão seja 0,000.000.000.000.03 milímetros (!) mais pequeno do que se julgava. Eis como o protão foi encolhido em cerca de quatro por cento.
Antes de dissecar as possíveis consequências desta descoberta inesperada, existe uma questão que salta logo à frente. Como é possível obter números tão liliputianos e com uma precisão tão extraordinária?
O resto do artigo e mais sobre o protão no site da Super Interessante:

-Afinal, nós, os portugueses, somos realmente tão maus como nos pintam? Ou até somos inteligentes? 
-Será que um dia vamos saber tudo sobre nós, o mundo e o universo? 
-Até que ponto é que as equações que damos na escola podem daqui a uns anos serem um completo erro?

Desejo uma boa meditação, Vasco Quaresma.

domingo, 20 de março de 2011

Viking encontrou compostos orgânicos em Marte

Ontem, foi publicado aqui no OVNI Hoje a notícia de que Titã, uma lua de Saturno, pode estar “fabricando” DNA em sua atmosfera.  Agora publicamos mais uma notícia intrigante, vinda do DiscoveryNews, sobre um fato que apoia ainda mais a possibilidade de vida fora da Terra.
Há mais de 3 décadas, após os cientistas concluírem que as missões Viking da NASA para Marte não encontraram evidência conclusiva de existência de compostos orgânicos naquele planeta, um novo estudo diz que não só há compostos orgânicos lá, mas que uma sonda Viking encontrou-os no final da década de 1970, passando despercebido pelos cientistas.



O novo estudo das descobertas do programa Viking foi iniciado depois que a sonda Phoenix em agosto de 2008, detectou que havia perclorato no solo marciano.  Percloratos são sais que têm a capacidade de aumentar o oxigênio, e tendem a causar a combustão de materiais orgânicos.
Na época, a equipe do projeto Viking não tinha razão para pensar que o solo de Marte era rico em perclorato, assim o pequeno traço do químico que encontram no experimento foi ignorado como um contaminante da Terra.  O novo estudo confirma que haviam restos de compostos orgânicos, que seriam as “impressões digitais” deixadas de seu contato com os percloratos no solo.
Para recriar o experimento, os pesquisadores usaram um solo enriquecido com perclorato, proveniente do Deserto do Atacama, no Chile, uma região considerada uma das mais parecidas com o planeta Marte aqui na Terra.  Após o experimento, os mesmos traços de orgânicos ficaram no solo, idêntico ao que foi encontrado com o experimento do Viking, sugerindo que os solo marciano também contem elementos orgânicos.
Porém, os pesquisadores alertam que a existência de material orgânico não quer dizer necessariamente que haja vida em Marte.

A falha da sonda Viking em encontrar compostos orgânicos foi a razão principal do cancelamento do envio de outras missões para Marte, a fim de procurar por estes compostos. Isso causou um atraso de décadas para os pesquisadores.  Felizmente, a procura por compostos orgânicos em Marte não foi completamente abandonada. O Laboratório de Ciência de Marte será lançado em novembro deste ano e seus instrumentos irão dar continuidade ao estudo da química daquele planeta, inclusive dos compostos orgânicos.
Esta nova pesquisa foi publicada no Journal of Geophysical Research, do mês passado.

Parece que estas notícias que dão indicação da possibilidade de vida fora da Terra são cada vez mais frequentes, propositalmente ou não.  Será que aqueles que têm a informação estão “climatizando” a população para o Grande Dia?

Fica aqui a pergunta no ar...

Fonte: http://ovnihoje.com/2011/01/experimento-confirma-viking-encontrou-compostos-organicos-em-marte/
Data: Janeiro de 2011

Luís Cruz

sábado, 5 de março de 2011

Catálise enzimática produz biodiesel mais verde

(notícia brasileira)
Uma das plataformas de pesquisa previstas no PNA (Plano Nacional de Agroenergia) é a plataforma do biodiesel. Tendo em vista que cerca de 50% da matriz de combustíveis veiculares nacional é composta por diesel, o biodiesel aparece nesse cenário como um combustível promissor, já que suas propriedades físicas e químicas são similares ao diesel convencional, permitindo o seu uso em misturas com o diesel em qualquer motor a diesel sem a necessidade de modificações no sistema de ignição ou no injetor de combustível.

No Brasil já existem dezenas de indústrias desse biocombustível em operação. A produção do biodiesel é principalmente realizada a partir da reação entre um óleo vegetal e um álcool. Para tornar isto possível, um catalisador é adicionado a fim de aumentar a velocidade da reação. Nos processos industriais utiliza-se um catalisador alcalino (hidróxido de sódio ou de potássio). No processo, além do biodiesel, é também formado o co-produto glicerol, que pode ser recuperado e tem amplas aplicações nas indústrias farmacêutica, alimentícia, cosmética e de plásticos.

A produção do biodiesel por catálise alcalina, entretanto, possui diversos problemas: o consumo de energia no processo é alto, a recuperação do glicerol produzido na reação é difícil e o catalisador alcalino solúvel precisa ser removido do produto. A necessidade de tratamento do efluente alcalino gerado e o alto consumo de água durante a lavagem nas etapas de purificação do biodiesel fazem com que o processo alcalino tenha um impacto significativo no meio ambiente. Além disso, se o óleo contiver pequenas quantidades de ácidos graxos livres há a formação de sabões, o que leva a uma redução no rendimento da reação, além de dificultar o processo de purificação.

Tendo em vista esses problemas, uma alternativa que vem sendo estudada é a utilização de enzimas como catalisadores para a produção de biodiesel. Enzimas são catalisadores biológicos (biocatalisadores) que podem ser produzidos por microrganismos e são biodegradáveis. A produção de biodiesel por via enzimática tem potencial para superar os problemas da catálise alcalina. Além de as enzimas serem biodegradáveis, não há a formação de sabões no processo, o glicerol pode ser facilmente recuperado sem tratamento complexo, o consumo de energia no processo é menor (a temperatura de reação é mais baixa), há uma drástica redução na quantidade de efluentes e, além disso, as enzimas podem ser recuperadas e reutilizadas.

A produção do biodiesel em escala industrial utilizando enzimas, no entanto, não tem sido adotada principalmente devido ao alto custo dos biocatalisadores. Por este motivo, encontrar processos que reduzam o custo do processo enzimático torna-se essencial. Uma das possibilidades é a reutilização do biocatalisador, o que pode ser possível através da fixação das enzimas em suportes sólidos. Outra alternativa seria utilizar resíduos agro-industriais para o cultivo de microrganismos para a produção de lipases. A aplicação destes resíduos fornece substratos alternativos de baixo custo e é economicamente interessante para países que são grandes produtores agrícolas, como o Brasil.
Assim, os estudos que vêm sendo realizados com o intuito de viabilizar a produção do biodiesel utilizando enzimas como catalisadores são promissores e podem levar à produção de um biodiesel ainda mais "verde".


Postado por Bárbara Leal 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Catalisador para biodiesel feito de camarão

Cientistas chineses produziram um novo catalisador a partir de um composto químico extraído da carapaça de camarões que torna o processo de produção de biodiesel mais rápido, mais barato e menos danoso ao meio ambiente.

Xinsheng Zheng e os seus colegas afirmaram que as preocupações mundiais com o aquecimento global estão a levar as pessoas a colocarem as suas esperanças nos biocombustíveis. Contudo, os avanços não serão tão grandes quanto o esperado, dizem eles, se a produção dos combustíveis renováveis continuar a exigir os catalisadores hoje utilizados para transformar soja, canola e outros grãos em biodiesel.

Os catalisadores tradicionais não podem ser reutilizados e devem ser neutralizados, o que é feito com grandes quantidades de água. O resultado é o desperdício de outro recurso escasso, a água, que é devolvida poluída ao meio ambiente.

Camarão com canola

(Canola- um óleo que deve conter menos de 2% de ácido erúcico e cada grama de componente sólido da semente seco ao ar deve apresentar o máximo de 30 micromoles de glucosinolatos).
Eles acreditam ter encontrado uma solução para o problema na carapaça do camarão. Mais especificamente, na quitina, o principal componente da carapaça dos artrópodes.

Num processo de três etapas, os pesquisadores chineses descrevem como a quitina pode ser transformada em sacarídeos por meio da sua carbonização parcial e posterior ativação. Nos testes em laboratório, o novo catalisador de camarão converteu óleo de canola em biodiesel de forma mais eficiente e mais rápida do que um catalisador convencional - 89% de conversão em três horas.

O novo catalisador, do tipo heterogéneo, também pode ser reutilizado depois de separado do rejeito por filtração, minimizando os resíduos e a poluição gerada na produção do biodiesel.

Talvez no futuro as pessoas possam chegar a um posto de gasolina e pedir um biodiesel com um toque de camarão, o que acham?

Por André Bernardes

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Equilíbrio ácido-base no sangue

O grau de acidez é uma importante propriedade química do sangue e de outros líquidos corporais. Normalmente, o sangue é discretamente alcalino, com um pH situado na faixa de 7,35 a 7,45. O equilíbrio ácido-base é controlado com precisão pois, mesmo um pequeno desvio da faixa normal, pode afectar gravemente muitos órgãos.
O organismo utiliza três mecanismos para controlar o equilíbrio ácido-base do sangue. Em primeiro lugar, o excesso de ácido é excretado pelos rins, principalmente sob a forma de amónia. Os rins possuem uma certa capacidade de alterar a quantidade de ácido ou de base que é excretada, mas, geralmente, esse processo demora vários dias. Em segundo lugar, o corpo utiliza soluções tampão1 do sangue para se defender contra alterações súbitas da acidez. O tampão mais importante do sangue utiliza o bicarbonato (um composto básico) que se encontra em equilíbrio com o dióxido de carbono (um composto ácido). À medida que mais ácido ingressa na corrente sanguínea, mais bicarbonato e menos dióxido de carbono são produzidos.
À medida que mais base entra na corrente sanguínea, mais dióxido de carbono e menos bicarbonato são produzidos. Em ambos os casos, o efeito sobre o pH é minimizado. O terceiro mecanismo de controlo do pH do sangue envolve a excreção do dióxido de carbono. O dióxido de carbono é um subproduto importante do metabolismo do oxigénio e, consequentemente, é produzido constantemente pelas células. O sangue transporta o dióxido de carbono até os pulmões, onde é expirado. Os centros de controlo respiratório localizados no cérebro regulam a quantidade de dióxido de carbono que é expirado através do controlo da velocidade e profundidade da respiração.
Quando a respiração aumenta, a concentração de dióxido de carbono diminui e o sangue torna-se mais básico. Quando a respiração diminui, a concentração de dióxido de carbono aumenta e o sangue torna-se mais ácido. Através do ajuste da velocidade e da profundidade da respiração, os centros de controlo respiratório e os pulmões são capazes de regular o pH sanguíneo minuto a minuto. Uma alteração em um ou mais desses mecanismos de controlo do pH pode produzir uma das principais alterações do equilíbrio ácido-base: a acidose ou a alcalose. A acidose é uma condição na qual o sangue apresenta um excesso de ácido (ou uma falta de base), acarretando frequentemente uma redução do pH sanguíneo.
A alcalose é uma condição na qual o sangue apresenta um excesso de base (ou uma falta de ácido), acarretando ocasionalmente um aumento do pH sanguíneo. A acidose e a alcalose não são doenças, mas sim consequências de vários distúrbios. A presença de uma acidose ou uma alcalose provê um indício importante ao médico de que existe um problema metabólico grave. A acidose e a alcalose podem ser classificadas como metabólicas ou respiratórias, de acordo com a sua causa primária. A acidose metabólica e a alcalose metabólica são causadas por um desequilíbrio na produção e na excreção de ácidos ou bases pelos rins. A acidose respiratória e a alcalose respiratória são causadas principalmente por distúrbios pulmonares ou respiratórios.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Nasa testa espectrómetro que estudará a formação de galáxias

A agência espacial americana (Nasa) aguarda a entrega de um instrumento importante construído pela Agência Espacial Europeia (ESA) capaz de observar o nascimento das estrelas e remontar à formação das primeiras galáxias. O aparelho vai equipar o telescópio espacial James Webb (JWST), com lançamento previsto para 2014.


Uma cópia do espectrómetro NIRSpec, idêntico ao que será mandado para o espaço, foi recebido pela Nasa, na semana passada, para testes. O seu desenvolvimento durou cinco anos num trabalho de alta precisão, que envolveu 25 empresas.



A expectativa dos cientistas é que o espectrómetro, que será colocado em órbita a 1 milhão e meio de quilómetros da Terra, consiga estudar até 100 galáxias simultaneamente. O NIRSpec vai trabalhar no comprimento de onda do infravermelho, entre 0.6 e 5 microns ou milésimos de milímetros. O objectivo é captar a luz das galáxias, emitida há mais de 13 bilhões de anos.
Os especialistas explicam que para conseguir detectar as pequenas variações de temperatura o instrumento precisa ser resfriado a -238° centígrados. Para tal, sua armação foi construída com cerâmicas especiais.


O futuro telescópio JWST será, também, composto por escudo solar gigante; uma câmara infravermelha, fabricada na America; e um sensor canadense que permitirá ao telescópio orientar-se com grande precisão. O espelho primário medirá 6.5 metros de diâmetro. Para se ter uma ideia, no telescópio espacial Hubble o espelho primário mede apenas 2.4 metros.


“É um verdadeiro desafio. Nós montamos o telescópio na temperatura ambiente. Depois temos que resfriar 4 mil quilos a -238°C, o que levará aproximadamente um mês”, explicou Phil Sabelhaus, coordenador do projeto para a Nasa.


Sabelhaus ressalta a grande dificuldade de testar um instrumento assim, na Terra. Como os seus instrumentos ópticos são ultra-precisos, qualquer vibração, por mínima que seja, pode interferir nos sinais captados e nos resultados dos testes.


A minha pergunta é: Como é que algo, tão pouco conhecido e não relevante no nosso dia-a-dia, nos pode vir a dar informações tão importantes sobre o passado do universo?


Notícia postada por Carolina.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A importância dos complexos

O campo de aplicações dos complexos é muito vasto. Por exemplo, na área da medicina, utilizam-se complexos de európio luminescentes para a deteção de células malignas.
Vejam o seguinte artigo:

Estudos Espectroscópicos de Complexos de Európio Luminescentes:
estrutura conformacional, interacções não-covalentes,
efeito de antena e colheita de luz.

Paulo J. A. Ribeiro-Claro
Departamento de Química – CICECO, Universidade de Aveiro, P-3810-193 AVEIRO; pclaro@dq.ua.pt

Os catiões trivalentes de lantanídeos, em particular, európio (III) e térbio (III),
apresentam propriedades fotoluminescentes favoráveis a uma grande variedade de aplicações ópticas, desde fibras amplificadoras a lasers de estado sólido. Contudo, as bandas de absorção características destes catiões – estreitas e de fraca intensidade – tornam difícil a obtenção de luminescência por excitação directa. O problema pode ser ultrapassado por complexação do catião com ligandos orgânicos com bandas de absorção largas e intensas. A luminescência do catião é amplificada por transferência de energia intramolecular a partir do estado excitado do ligando – “efeito de antena”.
Nos últimos anos, um conjunto de novos materiais luminescentes baseados em complexos de Eu(III) tem sido desenvolvido no âmbito do Laboratório Associado CICECO – Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos – por uma equipa multidisciplinar que integra as componentes de síntese orgânica e inorgânica, caracterização estrutural, simulação computacional e caracterização de fotoluminescência. Esta comunicação visa apresentar alguns dos resultados mais significativos já obtidos, com ênfase nos estudos espectroscópicos e na descoberta do efeito designado por “colheita de luz”.

Afinal, a Química é uma ciência que existe para apoiar outras áreas necessárias para o desenvolvimento e bem-estar da vida humana.

A minha questão é a seguinte: com base no tema cultural deste ano, dá cor à vida, será que podemos dizer que estes novos complexos podem dar cor à vida humana?