O campo de aplicações dos complexos é muito vasto. Por exemplo, na área da medicina, utilizam-se complexos de európio luminescentes para a deteção de células malignas.
Vejam o seguinte artigo:
Estudos Espectroscópicos de Complexos de Európio Luminescentes:
estrutura conformacional, interacções não-covalentes,
efeito de antena e colheita de luz.
Paulo J. A. Ribeiro-Claro
Departamento de Química – CICECO, Universidade de Aveiro, P-3810-193 AVEIRO; pclaro@dq.ua.pt
Os catiões trivalentes de lantanídeos, em particular, európio (III) e térbio (III),
apresentam propriedades fotoluminescentes favoráveis a uma grande variedade de aplicações ópticas, desde fibras amplificadoras a lasers de estado sólido. Contudo, as bandas de absorção características destes catiões – estreitas e de fraca intensidade – tornam difícil a obtenção de luminescência por excitação directa. O problema pode ser ultrapassado por complexação do catião com ligandos orgânicos com bandas de absorção largas e intensas. A luminescência do catião é amplificada por transferência de energia intramolecular a partir do estado excitado do ligando – “efeito de antena”.
Nos últimos anos, um conjunto de novos materiais luminescentes baseados em complexos de Eu(III) tem sido desenvolvido no âmbito do Laboratório Associado CICECO – Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos – por uma equipa multidisciplinar que integra as componentes de síntese orgânica e inorgânica, caracterização estrutural, simulação computacional e caracterização de fotoluminescência. Esta comunicação visa apresentar alguns dos resultados mais significativos já obtidos, com ênfase nos estudos espectroscópicos e na descoberta do efeito designado por “colheita de luz”.
Afinal, a Química é uma ciência que existe para apoiar outras áreas necessárias para o desenvolvimento e bem-estar da vida humana.
A minha questão é a seguinte: com base no tema cultural deste ano, dá cor à vida, será que podemos dizer que estes novos complexos podem dar cor à vida humana?
André Bernardes:
ResponderEliminarComo a professora referiu estes novos complexos tem inúmeras aplicações: nas áreas da saúde (Medicina, Farmacêutica...), na tecnologia como por exemplo na criação de eficientes dispositivos moleculares conversores de luz, ou mesmo para dar início aos estudos de aplicações biológicas. Tendo em conta o tema cultural penso que a descoberta e desenvolvimento destes novos complexos pode realmente dar cor à vida humana. E com dar cor à vida humana não digo mudar a cor de uma pessoa, mas sim mudar o seu estado de espírito consoante as potenciais aplicações que estes novos complexos oferecem. No caso da Medicina, se com a ajuda do európio (III) consegue-se detectar células malignas, imagino portanto que haverá uma luta contra o cancro e a descoberta de uma possível cura para o mesmo. Ora isto não só levará à motivação de milhares de médicos a curar os seus doentes, como também trará esperança àqueles que lutam desesperadamente contra esta terrível doença nos dias que correm.
Quero concluir dizendo que basta haver algo de novo e benéfico ao ser humano para que isso mesmo faça pintar ou alterar a nossa cor da vida.
A minha pergunta para o próximo comentador – como estou interessado na questão da luta contra o cancro questiono-me como podem os complexos de európio detectar células malignas desta e de outras doenças? No caso de ser uma questão difícil tenho outra pergunta – Que investigações tem sido levadas a cabo em relação ao térbio (III), já que foi pouco mencionado?
Ate `a próxima!
Em primeiro lugar realizei uma pequena pesquisa sobre o Laboratório responsável pelos complexos de Európio(III) – o CICECO. Foi com grande surpresa que descobri que o CICECO (Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos) é um centro de investigação português, mais concretamente da Universidade de Aveiro. As suas pesquisas dividem-se em várias áreas, contemplando materiais multifuncionais, híbridos e biomédicos. A pesquisa e investigação no que toca ao európio e ao térbio é inovadora e está a par das mais recentes pesquisas a nível mundial. Trata-se de um centro de investigação com grande projecção a nível europeu.
ResponderEliminarRespondendo à pergunta da professora, julgo que os complexos podem realmente surpreender e dar cor à vida humana. A aplicação destes em várias áreas podem salvar a vida a inúmeras pessoas, mudando-lhes a forma de ver a vida, de as salvar de um futuro incerto e negro, levando-as para uma situação onde têm mais anos de vida, colorindo-lhes a forma de ver o Mundo. A novidade destes complexos dá cor à vida: enriquecemo-nos, descobrimos, observamos, salvamos e admiramos.
Em relação às perguntas do André, decidi escolher apenas uma pois penso que o meu comentário ficaria enorme se respondesse a ambas. Pelo que pesquisei, consegui encontrar alguma informação sobre a detecção de cancro através destes complexos. O processo consiste em utilizar nanopartículas de európio, que, quando estimulado com laser emitem um comprimento de onda próprio. Quando uma gota de sangue de um paciente é colocado em contacto com as nanopartículas(muito porosas), o anticorpo responsável pelo cancro fica-se às nanopartículas. Depois, dentro do equipamento próprio, a amostra recebe um feixe de luz ultravioleta com um comprimento de onda específico. O resultado é identificado no sinal luminoso reflectido pelo composto. Além da presença da doença, o exame informa também o grau de infecção do paciente.
A minha pergunta para o próximo comentador: Porque motivo é que o európio é mais usado que o térbio para fins específicos?
Um dos grandes problemas do cancro não é apenas o seu tratamento mas antes detectá-lo e posteriormente localizá-lo, (no caso de não se ter espalhado). Sem dúvida que estes complexos parecem vir facilitar a vida não só aos médicos como também aos pacientes e como o André disse dar um pouco de cor à vida dos pacientes.
ResponderEliminarPedro Marques
Respondendo à questão do André acerca do térbio.
O térbio é maioritariamente usado em televisores e raio X´s, estando normalmente associado a Fluor (TbF3). Mais recentemente algumas investigações têm sido feitas utilizando térbio (III) para estudar o transporte de iões metálicos nas células aproveitando a luminosidades este possui.
Outra investigação- o uso potencial de complexos oligopeptídeos com térbio III como método de cromatografia líquida com detecção de fluorescência e posterior análise dos produtos derivados do leite.
Podem ter mais informação nos links no fim do comentário
Deixo então a minha pergunta: No que consiste o "efeito de antena" e o efeito "colheita de luz"?
http://www.springerlink.com/content/x588308147826439/
http://www.informaworld.com/smpp/content~db=all~content=a713615304~frm=abslink
Infelizmente quando estava a escrever o meu comentário não sabia do Tiago. Pedro Marques
ResponderEliminarAna Rita Oliveira
ResponderEliminarTal como já foi referido anteriormente por outros comentadores, os novos complexos utilizados na área da saúde podem de facto “dar cor a vida”. O simples facto de que com a utilização destes complexos seja possível a detecção de células malignas já serve de estímulo e motivação a pessoas com cancro, alterando-lhes a visão negativa que têm do mundo e dando “cor” as suas vidas.
Respondendo a pergunta do Pedro, pelo que entendi da notícia e de pesquisas feitas, em ambos os catiões é difícil conseguir a luminescência, uma vez que os iões de elementos pertencentes aos lantanídeos possuem um fraco coeficiente de absorção. Para ultrapassar esta dificuldade, o catião é ligada a ligandos com uma maior e mais intensa banda de absorção que aumenta a luminescência. A energia absorvida pelo ligando é transferida de forma intramolécular para o ião. A este processo todo é chamado “efeito de antena”.
A segunda parte da pergunta não consigo responder… Não consegui dados sobre o “efeito de antena”, o que me suscitou curiosidade sobre ele. Deixo assim a minha pergunta para o próximo comentador: Em que consiste o “efeito de antena”?
Realmente estas descobertas são muito importantes para o desenvolvimento da ciência e também para a sobrevivência de uma grande percentagem da população que a uma determinada altura da sua vida acabam por ter cancro. É também muito importante porque as pessoas precisam de ter esperança e nunca desistirem de lutar pela vida. E é aqui, na esperança que estes complexos, através de possíveis tratamentos para algumas doenças, poderá dar cor à vida de certas pessoas. Ainda falando acerca deste tema das cores, os complexos podem permitir aos cientistas evoluir em diversas áreas e é para isso que os cientistas vivem e estes também podem ter uma vida com mais cor porque é graças às suas descobertas que pessoas sobrevivem e também que a ciência evolui. Algumas das aplicações dos complexos é na ressonância magnética de imagem, nos sensores luminescentes, em lasers em fibra óptica e amplificadores6,em materiais eletroluminescentes7 e por último em materiais moleculares magnéticos8.
ResponderEliminarPara responder à última pergunta feita pela Rita descobri que quando falamos de efeito antena estamos a considerar o rendimento dos complexos nas diversas aplicações que têm, ou seja, se estes tiverem um bom rendimento são considerados promissores Dispositivos Moleculares Conversores de Luz (DMCL), e é este processo de conversão de luz que é o efeito antena. Este processo consiste na absorção de radiação ultravioleta através dos ligandos que funcionam como antenas, havendo a transferência de energia do estado excitado do ligando para os níveis 4f do ião metálico e consequentemente a emissão de radiação visível.
A minha questão para o próximo comentador é: Como se dá e funciona a aplicação dos complexos nas várias áreas onde são aplicados?
Algumas das aplicações eu referi acima, o que pode ajudar na vossa pesquisa.
A cor da nossa vida tem uns grandes pilares base: a vida, a família, a felicidade e a fé são alguns dos exemplos.
ResponderEliminarUm destes pilares, a vida, está muitas vezes posta em perigo, pois sem esta logo todo o resto estará comprometido. Pelo que, com o passar do anos temos de arranjar estratégias eficazes para manter esta dádiva. E é aqui que entra a química e os complexos, para apoiar as outras faculdades, neste caso a Medicina.
Sintetizando e desenvolvendo novos materiais e substâncias leva a que a "condição Humana" seja alargada, levando-nos para além daquilo que antes era o nosso horizonte.
Para além de dar cor à nossa vida, mantendo-nos vivos, pode dar-nos algo mais simples, a felicidade como recompensa, por exemplo, quando no laboratório conseguimos sintetizar um complexo.
Respondendo à KIKA:
Por exemplo, em produtos de limpeza , o EDTA é um agente complexante capaz de formar quelatos com metais como Ca2+ Mg2+, criando um complexo iónico solúvel capaz de evitar a fixação de cálcio em tubagens e materiais.
Os complexos são eficazes a limpar ferrugem , dado que o oxido de ferro é insolúvel em água, mas dissolve – se na presença de ácido oxálico dando origem ao ião complexo trioxalato ferrato (III) [ Fe ( C2O4)3 ]3 – que já é solúvel em água.
Na Medicina, um dos complexos de maior sucesso na área da terapêutica é a cisplatina [Pt(NH3)2Cl2]. Este complexo tem a capacidade de se introduzir nas cadeias de ADN do núcleo das células. Como consequência desta introdução anómala na cadeia ADN , a célula deixa de se replicar o que permite que a cisplatina seja um instrumento eficaz na cura do cancro. É injectada nas células tumorais o que as impede de se replicarem.
EDTA é um composto orgânico que age como ligante polidentado, formando complexos muito estáveis com diversos iões metálicos. Devido a isso, é usado como preservante do sangue, pois "inactiva" os iões de cálcio, que promovem a coagulação sanguínea. Esta habilidade de complexar e assim "inactivar" iões metálicos é também usada como antídoto para envenenamento por chumbo.
Esqueci-me da pergunta:
ResponderEliminarAjudem-me a desvendar o "how's it work" das aplicações que a Kika mencionou.
O projetor da nossa sala está extremamente mal regulado. Outro dia estivemos a ver um filme a moral, e como está com a luminosidade no máximo, tudo parecia mais branco. As cores esbatiam-se. O mundo era cinzento. Quando acabámos de ver o filme e se acenderam as luzes reparei que as cores que eu via pareciam agora muito mais vivas, e literalmente a minha vida ficou com mais cor. As impressões das nossas mãos no placard da sala nunca estiveram tão coloridas. Achei curioso ser esse o ponto da sala que tem mais cor. Achei curioso ser um bocado de papel onde todos nós estamos representados a parte mais viva daquele sítio onde passamos algumas horas por dia.
ResponderEliminarAquele simples bocado de papel representa a nossa união, e é com essa união que se pode trazer cor à vida dos outros. É trabalhando juntos que podemos formar um mundo melhor, por muito que pareça mais fácil alienarmo-nos de tudo por uma causa. E as aplicações dos complexos fazem GRANDES causas, como podemos ver agora.
Respondendo à questão do Vasco, a Kika fala da aplicação de complexos em Ressonâncias Magnéticas, na qual complexos com lantanídeos, em especial com gadolínio, são utilizados como ferramenta diagnóstica, demonstrado sua importância para a análise de células doentes. Por apresentar alto valor comercial, a busca por novos ligantes capazes de ser cada vez mais específicos para determinados órgãos, indica ser uma área de grande interesse. Também nas fibras óticas a associação de técnicas de luminescência de complexos com lantanídeos tem enorme potencial para o desenvolvimento de instrumentação analítica avançada para determinação de parâmetros bioquímicos. Grande sensibilidade, imunidade a interferências electromagnéticas, capacidade de miniaturização e deteção remota e em tempo real são algumas das suas características mais apelativas.
este género de aplicações biomédicas também pode ser conseguido através de complexos do ião lantânio com outras espécies, nomeadamente de cromóforos de plantas . A minha pergunta é que especies são estas, especificamente e quais as suas características que influenciam os ioes lantânio?
Como muitas pessoas devem saber, a grande razão da elevada mortalidade fruto de doenças de origem cancerígena prende-se com a detecção tardia das células cancerígenas, na medida em que estas passam despercebidas na maioria dos exames. Ora, se através de determinados complexos cujas propriedades permitem a identificação dessas mesmas células cancerígenas conseguirmos combater a maior ameaça do século XXI (cancro), a vida não perderá a sua cor e os rostos pálidos que padecem perante a doença serão menos frequentes. A cor existe na nossa vida e, se é essa mesma cor que a Natureza nos proporcionou que nos pode proporcionar vida, venham os complexos!
ResponderEliminarRespondendo à Sónia:
Os cromoforos como a Sónia referiu, constitui a parte da molécula da planta responsável pela sua cor.Diferentes cores podem ser obtidas por alterações neste cromóforo, como por exemplo formação de ligações duplas num dos seus anéis.
O cromoforo hipocrelina B (HB) enquadra-se como um promissor fotossensibilizador de segunda geração dadas suas óptimas propriedades, tais como rápido metabolismo vivo e principalmente elevado rendimento quântico de geração de oxigênio singleto (FD)que proporcionam a elevada utilidade que a Sónia referira na bio médica.
Relativamente à minha questão:
Os elementos inorgânicos e, em particular os metais, apesar de constituirem menos de 1% dos átomos dos organismos vivos, são essenciais à vida pela sua participação em vários processos bioquímicos. Durante muito tempo os cientistas revelaram pouco interesse no desenvolvimento de aplicações terapêuticas de complexos metálicos, devido em parte ao conhecimento da sua toxicidade. Contudo, certos medicamentos de complexos metálicos têm desempenhado um papel importante na luta contra o cancro. A minha questão revela-se mais sob a forma de um desafio para o comentador seguinte pesquisar sob quais serão esses metais e o nome dos complexos que constituem proporcionam benefício trapêutico para o tratamento do cancro? Dou uma pista: Encontra-se sob a forma elementar na Natureza...
Respondendo à questão do Luís:
ResponderEliminarAlguns dos metais e complexos com benefício terapêutico para o tratamento do cancro, actualmente, utilizados ou em linha de investigação são:
=> a platina e respectivos complexos (cisplatina e carboplatina) - o primeiro deles, a cisplatina, foi concebido à base da platina, em 1964, mas aprovado para aplicação clínica apenas em 1978 (cancro ovário e testículos);
=> paládio e seus complexos - esta substância apresenta, neste momento, um grande potencial para ser empregada no tratamento do cancro. Ainda não testado em animais, pode vir a ser menos agressivo que alguns outros compostos metálicos utilizados na actualidade;
=> cobre e zinco e respectivos complexos - como o cobre e zinco, estão naturalmente presentes em nosso organismo podem também, portanto, apresentar menor toxicidade para o paciente;
=> rutênio e respectivos complexos;
=> ósmio e respectivos complexos;
Este tipo de medicamento anti-cancro de metal de transição ligam átomos de moléculas de DNA que desencadeiam a apoptose, ou morte celular programada, nas células cancerosas.
Desta forma, certos metais, durante muito tempo estigmatizados por sua suposta perigosidade, vêm demonstrando que podem, sim, ter a sua importância no tratamento de uma grande variedade de doenças. É a química inorgânica a serviço da vida.
Voltando à questão inicial "complexos e cor", deixo o desafio de explicar este fenómeno detalhando de que é que depende a cor de um ião complexo de um metal de transição?
Certamente que estes novos complexos dão cor à nossa vida. Tudo o que seja descoberto ou impulsionado no sentido de melhorar a vida humana, dá cor ao Mundo.
ResponderEliminarEstes novos complexos têm variadas aplicações nas áreas mais importantes da saúde, como as ciências farmacéuticas e a medicina, e acredito que serão extremamente úteis para compreender certos processos ou na descoberta de novos tratamentos.
Então, é claro que estes complexos serão capazes de dar cor e alma à evolução e à vida de muitas pessoas.
Respondendo à pergunta da Catarina:
Descobri que a cor pode mudar entre diferentes compostos de um mesmo elemento. Esta palete de cores existentes, depende da diferença de energia que existe entre um nivel de energia mais baixo e um nível de energia mais elevado (de um determinado complexo), o que leva a absorver frequências desiguais, que originam a visualização de cores distintas.
A cor do complexo depende da:
-Natureza do ião metálico (número de electrões nas orbitais d);
-Disposição espacial dos ligantes em torno do ião metálico;
-Natureza dos ligantes;
Nota: Os complexos formados por zinco são transparentes/incolores, visto que têm as orbitais 3d todas preenchidas e, por conseguinte, os electrões não podem transitar de uns níveis para outros.
Os catalisadores, como por exemplo os metais de transição, são utilizados para aumentar a velocidade de uma reacção (entre outras coisas). A minha questão é, quais os tipos de catalisadores existentes?
Boa noite a todos! A stora deixou uma questão bastante interessante e que me faz lembrar um texto que escrevi no meu 8ºano e gostei tanto dele que nunca mais me esqueci das últimas palavras, e dizia eu: “a vida não tem uma cor, não tem várias cores, tem as cores que eu quiser ter. E, por isso vou amar, lutar e desejar, até a vida me dar as cores que EU quero ter e com as quais vou fazer o arco-íris da minha própria vida! E esta foi, é e será a minha opinião! Dar cor à vida humana é nem mais nem menos que permitir que todo o povo tenha a liberdade e igualdade necessárias para fazer a escolha a que me refiro em cima: decidir as cores da sua vida! Esta liberdade só acontece quando nos encontramos em pleno estado físico e emocional e se os complexos em estudo facilitam e contribuem para a cura de doenças, então, directamente, são uma fonte de esperança e felicidade. E nada é mais importante que isto mesmo: a FELICIDADE. Seja o que isso for…
ResponderEliminarRelativamente à questão deixada pela Carolina:
Catalisador é qualquer uma substância que acelera uma reacção, diminuindo a energia de activação e a energia do complexo activado, sem ser consumida, durante o processo. Genericamente existem variadíssimos tipos de catalisadores, dependendo da área de utilização. Como será fácil imaginar, há uma imensidão de áreas onde é necessária a acção de catalisadores a nível industrial, já para não falar no mundo biológico, onde entram as enzimas.
Agora, mais aprofundadamente:
Há vários tipos de catálise, ou seja, mudança de velocidade de uma reacção química devido à adição de um catalisador que praticamente não se transforma ao final da reacção. E para cada um deles há catalisadores que se adequam mais a uns que a outros, assim:
-Catálise ácida: provocada iões de hidrogénio ou por substância de natureza ácida como o ácido sulfúrico,
-Catálise básica: provocada por iões de hidroxila ou por substância de natureza básica, como aminas.
-Catálise ácido-básica: provocada por iões ácidos e básicos.
-Catálise homogénea: quando um catalisador está em solução com pelo menos um dos reagentes e a mistura é homogénea. Usam-se catalisadores de iões de metais de transição, complexos de metais de transição, ácidos e bases inorgânicos e enzimas.
-Catálise heterogénea: é um tipo de catálise onde reagentes, produtos e catalisadores encontram-se em fases diferentes. normalmente o catalisador é sólido e os reagentes e produtos estão na forma líquida ou gasosa. Nesse caso, o catalisador fornece uma superfície onde os reagentes irão reagir mais facilmente, e com menor energia de activação.
-Catálise por transferência de fase: aquela que emprega um catalisador capaz de retirar um reagente de uma fase, por exemplo aquosa e transferi-lo para outra fase, por exemplo orgânica (benzeno, etc), na qual a sua reactividade se torna maior.
Os metais de transição, óxidos de metais de transição e Sílica/alumínio.
A minha pergunta é: o que são as PDAHs – pró - drogas activadas por hipoxia ? E de que forma se relacionam com os complexos?
Bárbara
Mais um avanço em termos da medicina, os PDAHs são uma alternativa aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia contra o cancro. Algumas substâncias utilizadas como PDAHs são complexos, nomeadamente de cobalto.
ResponderEliminarO que é mais animador é o facto destes complexos já terem outras funcionalidades além da luta contra o cancro, estou a falar, por exemplo, das doenças do foro intestinal.
Completando, então, os comentários relativamente à questão colocada sobre a Importância dos Complexos é inquestionável que os mesmos contribuem para o bem estar da nossa vida e que, portanto, não só, científica e directamente, dão cor à nossa vida, como, filosófica e indirectamente o fazem!...
ResponderEliminarSenão vejamos, os complexos são compostos que pela sua natureza química, são, maioritariamente, coloridos dependendo a sua cor de factores, conforme a Carolina referiu e respondeu à minha questão.
Estes compostos estão presentes e são usados em múltiplas situações que "dão cor à nossa vida"!... No uso doméstico (detergentes- complexo de EDTA), na indústria química (indicadores- complexo de cobalto), na agricultura (como antifungícos - complexo de sulfato de cobre), no equilíbrio do organismo humano (hemoglobina - complexo de ferro - vermelho), no equilíbrio da natureza (clorofila - complexo de magnésio - verde),..
Por outro lado, e conforme a notícia refere e muitos colegas e eu própria referi também, os complexos são utilizados na Medicina e Indústria Farmacêutica para cura de muitas doenças (detecção e cura do cancro; doenças de foro intestinal pela utilização de complexos enzimáticos ou vitamínicos; intoxicações com iões metálicos como o chumbo;...) dando, indiscutivelmente, "cor à nossa vida" na esperança de conseguirmos uma Saúde melhor para todos nós!
Para completar o meu comentário:
ResponderEliminarRelativamente à noticia é surpreendente a capacidade que a ciência tem de se reinventar, nos contagiar acima de tudo de ultrapassar os problemas que se colocam. Isso é que é fazer ciência, ter a criatividade e ambição de alcançar um objectivo, mesmo que para isso tenhamos de nos reinventar a nós mesmos! Neste caso o problema foi solucionado através da complexação. O CICECO para além de cerâmicas também se dedica ao Mundo dos Compósitos e por isso pesquisei mais sobre estes bichos.
Compósito é um material em cuja composição entram dois ou mais tipos de materiais diferentes, como, por exemplo, metais e polímeros. A aplicação de materiais compósitos vai desde simples artigos utilizados no nosso dia a dia até aplicações para indústrias de ponta como são o caso da indústria aeronáutica e aeroespacial. A título de curiosidade já antigas civilizações utilizavam compósitos (palha + barro) na produção de tijolos. Os materiais que podem compor um material compósito podem ser classificados em dois tipos: matriz e reforço.
-O material matriz é o que confere estrutura ao material compósito, preenchendo os espaços vazios que ficam entre os materiais reforços e mantendo-os as suas posições relativas.
-Os materiais reforços são os que realçam propriedades mecânicas, electromagnéticas ou químicas do material compósito como um todo.
Bá
André Bernardes:
ResponderEliminarPara completar o meu comentário relativamente a esta notícia, venho acrescentar algo de novo à mesma.
Compostos de ácidos (hidroxicarboxílicos) têm sido
utilizados em várias técnicas na obtenção de pós
precursores de materiais cerâmicos e
luminescentes. Particularmente, quando o európio se
coordena a estes compostos, há luminescência na
região espectral do vermelho, devido às transições
do ião Eu3+.
Os objetivos destes estudos e experiências são: sintetizar e caracterizar
compostos de európio ou lantânio com os ligantes
tartarato, mandelato e glicolato, e estudar a sua
luminescência.
Pedro Marques:
ResponderEliminarQuero completar o meu comentário acrescentando algumas utilidades do európio:
O európio é utilizado:
- para dopar alguns tipos de plásticos para a fabricação de lasers.
- como dopante para a produção de filmes de óxido de zinco
- devido a sua capacidade de absorver nêutrons, este metal está sendo estudado para uso em reatores nucleares
- O óxido de európio (Eu2O3) é extensivamente usado como como componente do fósforo vermelho usado em cinescópios de televisores a cores, e como um ativador de fósforos de ortovanadato de ítrio. Também é usado como um agente para a produção de vidros fluorescentes.